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A 3ª face

Qui | 31.08.17

Por falar em poupança... ontem fomos comprar sapatos

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O meu filho tem verdadeira aversão a fazer compras. De tal forma, que tem um único par de sapatos porque se recusa a comprar novos, seja em lojas físicas ou mesmo on-line.

Pior. Joga numa equipa de futebol e, na época passada, as únicas chuteiras que tinha (mais uma vez, porque se recusou a ir comprar novas) tiveram que ser coladas diversas vezes e já andava com o dedo grande do pé quase de fora. Ora, conforme eu vaticinava há mais de um mês, no último jogo da temporada, uma chuteira descolou-se completamente à frente, a tal ponto que ele deixou de conseguir jogar. Só não o fui buscar pela orelha dentro do relvado porque estava lá a GNR e ainda era sinalizado à CPCJ!

Atendendo a que a escola e o futebol estão prestes a começar, ontem foi obrigado (literalmente) a ir a um centro comercial comprar um par de sapatos e umas chuteiras. Podem imaginar o mau humor. Ainda por cima,  não conseguimos encontrar o número de pé  das chuteiras que gostou (do Neymar, marca Nike,acima dos 80 €!). 

Quanto às sapatilhas para o dia a dia, apenas gostou de 2 modelos da DC (umas de 45 € e outras de 89 €), cujo tamanho também não estava disponível.

(Sim, eu sei que os preços são um exagero mas o desespero é inimigo da poupança.)

Entre mudarmo-nos para outro centro comercial, onde iríamos ser expulsos por um qualquer segurança por altercações familiares, eu e o meu marido tomámos a sensata decisão de vir para casa pesquisar on-line o calçado que ele escolheu (afinal, já sabíamos o número exacto a encomendar).

E, após uma rápida consulta, comprámos as ditas Nike Neymar por 45,59 € e as DC por 38,17 €, ou seja, 2 pares pelo preço de 1(Yeaaaaah)! 

Onde? Na Sports Direct, onde já tenho encontrado verdadeiros achados . Não percebo como é que as mesmas chuteiras, que no site oficial da Nike custam 110,00 €, aqui se compram por menos de metade do preço, mas também não vou agora pensar nisso.

Obrigada filho, às vezes compensa seres tão esquisito nas compras.

 

 

Ter | 29.08.17

É só um momento de fraqueza, já vai passar

 

 

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Ela olhou para o calendário e teve que aceitar que as férias estavam terminadas e iria regressar para o emprego. E o sentimento de tristeza assombrou as horas que ainda lhe restavam.

Iria voltar a sentir-se uma parasita, 7 horas por dia, 35 horas por semana.

Iria consultar o relógio do monitor dezenas de vezes, à espera da hora de saída, entre a meia dúzia de papéis de um trabalho mesquinho. Foram mais de 20 anos em que viveu verdadeiramente apaixonada pelo que fazia, sentindo-se realizada na sua missão de tornar a vida das pessoas um pouco mais feliz. Mas as ordens superiores são para cumprir e subitamente tudo mudou. Paciência...

Ela fechou os olhos e aconchegou-se com as evidências de que a sua vida (à excepção da profissional) é verdadeiramente feliz. E isso é que mais importa. Soprou um leve sorriso (como sempre) e murmurou "é só um momento de fraqueza, já vai passar".

Ela abriu os olhos e aconteceu estar frente ao espelho. E descobriu que ela...era eu!

Seg | 28.08.17

Reutilizar livros escolares: um prazer que se torna tormento ou um tormento que se torna prazer?

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Pelo terceiro ano consecutivo, não gasto 1 € em livros escolares do meu filho mais novo. É tão bom ter amigas!!!!  (sobretudo com filhos mais velhos )

Perfeito? Sim claro, já não tenho que forrar 20 livros.

E se a isso somar as horas em que trabalho os "músculos do adeus" (vulgo bíceps e tríceps) a apagar exercícios já resolvidos, resumos e sublinhados? E se considerar a vantagem de, em cerca de 6 horas (média do apaganço dos últimos anos), ficar ao corrente de toda a matéria que o meu filho vai estudar ao longo do ano lectivo, página a página ? 

 

Agora a sério, para além das  centenas de euros que poupo (e dou a poupar porque, no ano seguinte, os livros são doados a outro amigo), esta corrente permite poupar muito papel, muitas árvores e muito do nosso planeta. 

Prefere comprar livros novos para os seus filhos? Se sim, já pensou em doar os livros do ano anterior a familiares e amigos ou entregá-los num banco de livros escolares? As escolas, bibliotecas municipais e inúmeras associações têm projectos de bancos de livros escolares. Pesquise na sua área de residência ou no site REUTILIZAR.ORG.

Porque vai fazer a diferença a uma família e ao Ambiente!

Dom | 27.08.17

A minha (muito provável) entrevista a Júlio Dinis sobre as Eleições Autárquicas 2017

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Pasmada (novamente) pelas manifestações de interesse súbito no bem-estar do povo, nas romarias de bandeirolas e folhetos coloridos por tantos bairros e vielas e pela omnipresença das figuras importantes da minha pequena terreola em todas as festas e celebrações, quis esclarecer-me com um sábio nestas matérias e decidi entrevistar Joaquim Guilherme Gomes Coelho (conhecido na literatura por Júlio Dinis).

 

3ª face - Boa noite, Sr. Júlio Dinis. Explique-me, para começar, que mistério faz com que a vida calma desta terra desperte agora tanto interesse pelas necessidades do povo, tanta simpatia pelas ruas onde passam grupos de bandeirola na mão, tantos abraços e beijinhos? Mas que, ao mesmo tempo, faz com que se zanguem famílias, se cuspam pecados na praça pública e se propaguem calúnias e difamações?

Júlio Dinis – “A política! Sim, é isso! Eu devia prever que essa palavra viria para explicar este mistério! Por política é-se cruel, por política sacrifica-se um amigo, por política força-se a consciência, e depois ela justifica tudo. Que obras são as obras políticas que precisam da sombra e do mistério para se fazerem? Pois, para dirigir ou salvar uma nação, pois para se tratar dos interesses de um povo, é sempre necessário o disfarce, a dissimulação, o mistério?“

 

3ª face - E como pode um candidato conseguir votos mesmo entre os descontentes, os que se atreveram a discordar das estratégias e das decisões de governação do mandato anterior?

 Júlio Dinis – “ O que lá vai, lá vai. (…)  O que era bom era ver até se se falava ao Herodes, porque talvez ele possa agora ainda arranjar alguns votos — acrescentou o Tapadas, disposto a servir-se da dor de um pai como arma eleitoral. E continuou-se fervorosamente na edificante obra de combinar tramas políticos. Discutiram-se os diversos processos de angariar as potências eleitorais do círculo. Estudaram-se as ambições de cada uma; ponderaram-se as exigências feitas por uns, os desejos adivinhados em outros; para este o emprego de um afilhado, àquele o bom êxito de uma demanda, a outro o pagamento de uma dívida, ou o resgate de uma hipoteca e a alguns até nua e descaradamente o dinheiro. Nesta empresa de subornar consciências e sofismar a urna entreteve-se o conciliábulo, sem que nenhum dos membros dele sentisse remorsos por o que estava fazendo ali.

 

3ª face - Na sua opinião, quem vai ser o candidato perdedor?

— “Quando se não pode contar com a boa-fé dos outros, perde sempre quem for escrupulosamente fiel à sua.”

 

3ª face - Acha que Portugal ainda vive uma política de campanário, do tempo em que escreveu a Morgadinha dos Canaviais?

Júlio Dinis – “A vida política tem isso consigo. Quanto mais estreito, mais apertado é o círculo social onde se manifesta, quanto mais vizinhos e conhecidos são os que vivem dela, tanto mais acanhada, mexeriqueira e antipática se torna. Se a política do nosso país é já pequena como ele, se degenera em desavença de senhoras vizinhas, que fará nas terras pequenas deste país, em que muito acima dos princípios e dos partidos estão os mexericos e as vaidadezinhas que brotam como tortulhos à sombra das árvores do campanário?!”

 

Nota da entrevistadora: As respostas de Júlio Dinis são citações do livro “A Morgadinha dos Canaviais, publicado em 1868. Mas bem que poderia ter sido escrito em 2017! A história do caciquismo português mantem-se tão actual!

 

 

Sab | 26.08.17

Porto by night

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Visitei o Porto pela primeira vez há 25 anos. Era uma cidade suja, triste, cujo abandono escorria para as águas do Douro.

Em duas décadas, o Porto mudou muito, quer à luz do Sol, quer na penumbra da Lua.

Volto à Invicta sempre que passo na região, atraída por este exemplo de reabilitação urbana. 

Mas à noite, esta foi a minha primeira vez (de muitas que virão, por certo).

À noite, o Porto ganha nova vida e as paisagens surgem transformadas pelas luzes, pelos reflexos na água do grande rio e pelo brilho da história de toda a cidade.

E, claro, ir ao Porto e não comer uma francesinha no "Piolho D'Ouro" até parecia pecado!

(Dica para poupadinhos: vale mesmo a pena  provar a francesinha do Piolho. Se quiser poupar alguns euros, coma no interior do restaurante porque os preços da esplanada são mais elevados. Mas, na verdade, não é a mesma coisa.)

 

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Sex | 25.08.17

Passatempo BIC 2017: quando regressamos à escola com 500 € no bolso

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Mais um ano em que a BIC nos ajuda a regressar às aulas com outro ânimo (leia-se: despesas pagas).

Para ser um dos 30 felizardos a entrar no novo ano lectivo com grandes sorrisos, basta adquirir 2 produtos de escrita BIC, deixar a criatividade soltar uma frase bem original com as palavras "BIC" e "regresso às aulas" e seguir as instruções do site Regresso às aulas com a BIC . 

 

Dicas:

  • Tenha atenção ao talão de compra, porque os produtos devem estar bem identificados (o que nem sempre acontece nos supermercados);
  • Não se esqueça de guardar o talão de compra até serem conhecidos os vencedores;
  • E lembre-se dos  10  mandamentos dos passatempos (aqui).

Obrigada BIC, por nos ajudares a remendar os bolsos nesta época do ano!

Sex | 25.08.17

Rumei p'ra norte

 

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Diz-se que, em Agosto, o país ruma para sul. Mas eu, este ano, experimentei inverter a marcha e ir descobrir como se passa o Verão nas praias do norte. E fiquei agradavelmente surpreendida!

Surpreendeu-me a quantidade de turistas que, pelos vistos, estão a visitar o nosso país, de norte a sul. Ouve-se muito português mas também várias línguas estrangeiras. As esplanadas encheram-se de petiscos, de conversas animadas entre amigos e de sorrisos. Há passadiços onde as pessoas não se atrapalham e onde correm crianças em segurança. É Portugal a recuperar e a mostrar o que tem de melhor: aquilo que é único, típico e tradicional de cada região. É, sem dúvida, a valorização do património que  confere este charme e oferece deslumbramento a quem nos visita.

E o que posso destacar? De forma inconsciente, escolhi aquilo que o presente soube guardar do seu passado para mostrar aos outros com orgulho:

 

Praia da Costa Nova

O colorido das imagens emudece-nos as palavras. Os palheiros humildes de antigamente deram lugar à riqueza de uma terra que está, cada vez, mais irresistível. Estacionei no meio de uma lenda piscatória? Recuei ao início do século XX? Difícil foi sair deste quadro pintado a óleo de várias cores e partir!

 

 

P8220248.JPGP8220189.JPGAinda há trabalho a fazer. O passeio demorado e atento pela marginal faz adivinhar que foram os "enteados" da terra que mais investiram em preservar a traça tradicional: as sardinheiras, as tabuinhas nas janelas, as riscas na empena frontal, as varandas ripadas... Os filhos da Costa Nova, para os quais este património são apenas as paredes de uma vida sofrida, terão outras prioridades e necessidades (assim é em todas as terras).

 

Póvoa do Varzim

Estacionar no final da marginal é a melhor opção para quem visita a Póvoa pela primeira vez. Deparamo-nos de imediato com o painel de azulejos que convida a absorver a história poveira. A empatia por esta terra é imediata, despoletando um sentimento de pertença para com este povo tão sofrido e corajoso. 

As cenas retratadas neste painel aguçam a curiosidade e foi inevitável recorrer ao Google para saber mais pormenores.

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Poucos vão à praia da Póvoa. Acho que a maioria vive na praia durante os meses de Verão. Literalmente.

O extenso areal é uma urbanização de ruas incontáveis mas bem identificadas, onde os vizinhos convivem à porta de casa. As riscas azuis e verdes mantêm o charme típico dos anos 20 e eu, quando espreitei o mar, acreditava que iria ver banhistas de fato de banho às riscas, prolongadas até aos joelhos.

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 Moledo

 Uma praia vigiada por Espanha, onde um antigo forte ainda flutua.

 

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É obrigatório subir à esplanada do "Paredão 476" para contemplar o pôr do Sol. A criatividade associada à  reciclagem de materiais e velharias tornam a decoração deste bar um pequeno lugar de culto. Muito bom!!!

 

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Ter | 22.08.17

Hora mágica

 

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É àquela hora mágica, em que o Sol se dilui no mar e o céu e a água se unem, tingidos pela mesma cor, e em que as gaivotas, por respeito, se retiram do horizonte e se juntam a nós neste deslumbramento, que eu gosto de estar na praia. 

É nestes instantes que o Universo, em silêncio, vem declamar poesia para quem o consegue ouvir...

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 (Praia de Melides)

Seg | 21.08.17

E pensar que era um simples pareo comprado no Lidl - DIY

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 O Lidl costuma vender uns pareos rectangulares bem grandes e muito em conta. Fiquei rendida ao azul turquesa e decidi transformá-lo numa alegre saída de praia.

Os passos são fáceis e bem simples:

1 - dobrar o pareo no sentido do comprimento e marcar o meio com alfinetes ou alinhavos;

2 - dobrar depois na largura e marcar o decote (pode copiar o molde por outra saída de praia ou túnica). Este tem decote em bico mas pode ser redondo ou "à barca", conforme preferir;

3 - fazer a bainha do decote, à mão ou à máquina;

4 - coser à mão ou à máquina, uma franja a gosto à volta do decote e da saída de praia (como o pareo tem bainha, facilita bastante o trabalho);

5 -  fazer uma costura de cerca de 50 cm em cada lado, abaixo dos braços e até à anca, de modo a delinear as mangas. Para melhor visualizar os passos, esta imagem do Pinterest é bastante elucidativa:

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 E, num instante, temos uma peça única, a nosso gosto e (muito importante) barata!

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