Hoje, acordámos com a porta do inferno já encostada. A água abafou as chamas, misturou a fuligem com a terra queimada e deu tréguas aos guerreiros no campo de batalha.
Para mim, não me pareceram gotas de chuva. Foram lágrimas que um país inteiro derramou pelos mortos, pelos feridos em agonia, pelas famílias consumidas pela dor.
Que se apaguem os fogos mas não se extinga a nossa revolta, o nosso clamor por medidas que evitem mais tragédias. De nada resolvem 3 dias de bandeiras a meia-haste, de cada vez.
Este Verão, Portugal mudou definitivamente a paisagem e não voltará a ser o mesmo. Acho que todos já percebemos que, pese embora se possam prejudicar alguns interessezinhos económicos, está na altura de ter coragem para mudar tudo: a política florestal, as estratégias de prevenção e de actuação e as penas legais para os doidinhos que dizimam florestas e populações. Porque nós merecemos ser protegidos e, acima de tudo, que nos defendam a vida. Caso contrário, para que nos serve o Estado?
Passei um fim-de-semana fabuloso, desligada do mundo.
Porém, ao chegar a casa, ontem à noite, toda a felicidade e bom humor se varreram rapidamente.
COMO É POSSÍVEL, 4 MESES DEPOIS, A HISTÓRIA DE HORROR VOLTAR A REPETIR-SE???
Por isso, com toda a mágoa, revolta e pesar, em vez de relatar um insignificante fim-de-semana, apenas consigo repetir um texto que publiquei no dia 13 de agosto:
Lembras-te, Camões, do
“Campo que te estendes
Com verdura bela
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes”?
Neste momento, são cinza pisada pelo sofrimento de homens e mulheres que tudo perderam. Estão recortados por hastes negras, onde a bandeira de Portugal se poderia ficar a meio, em sinal de luto.
Sabes Camões, as Leonores de norte a sul, já não vão pela verdura… fogem, inseguras, de imensas labaredas que tudo engolem e que as querem agarrar…
As árvores, que se erguiam como os mastros das antigas caravelas, tombam naufragadas por ondas de fogo.
Do extenso nevoeiro de fumo, que desde Junho cobre a tua pátria amada, ninguém espera por D. Sebastião! Clamam por bombeiros, por meios aéreos, por água, por socorro e salvação.
Será a culpa da ira dos deuses, do vento e do tempo, ou de um qualquer Adamastor?
Com um nónio, um quadrante e um astrolábio, nunca te perdeste no mar, pois não? Eu vejo os noticiários e tenho a sensação de que quem está ao leme não consegue dar rumo a este navio. Sinto o cheiro de marinheiros que não olharam para as estrelas antes de se fazerem ao mar.
Nunca tivemos tantos meios, tanta tecnologia, tantos réis da coroa gastos em planos, em meios de telecomunicação, em negócios com empresas de meios aéreos! E, todavia, em momentos de puro terror, Deus desliga a misericórdia e tudo falha…até o SIRESP.
Ainda assim, há portugueses aguerridos, da mesma têmpera daqueles que passaram para além da Taprobana, que desafiam a lei de Lúcifer a troco do socorro das pessoas e do património do nosso país. São os BOMBEIROS, O GIPS E TODOS OS VOLUNTÁRIOS SEM ROSTO ( e agora também sem voz) que:
Já se apercebeu do espaço vazio que enche os ecopontos? Se em casa, as embalagens de plástico, os garrafões de água, as caixas de cereais e de bolachas enchem tão rapidamente os nossos sacos de reciclagem, imagine o espaço desaproveitado dentro dos contentores do ecoponto!
A verdade é que andamos a atafulhar desnecessariamente esses contentores, deixando menos espaço para os outros resíduos a depositar, o que torna o sistema de recolha pouco eficiente.
É por isso que eu já me habituei a espalmar todas as embalagens possíveis e tornou-se a minha melhor terapia anti-stress: rasgo, desmonto caixas, salto a pés juntos em cima das embalagens mais resistentes - alivio as frustrações diárias e contribuo para melhorar o sistema de reciclagem.
Esta técnica também se torna perfeita para ocupar crianças que chegam a casa com as baterias ainda carregadas: deixe-as espalmar garrafas, rasgar cartão, desmanchar embalagens de Tetra Pak. E o que se vão divertir a saltar em cima dos garrafões de água?
E, não menos importante, estamos a poupar!
Sim, poupamo-nos a nós porque vamos menos vezes ao ecoponto e poupamos as deslocações das viaturas que transportam os resíduos porque não terão necessidade de esvaziar o ecoponto tantas vezes para levar uma carrada de ar dentro de uma dúzia de embalagens. E isso tem impacto nas emissões de gases para a atmosfera e no desperdício de combustível!
Gosto que as empresas a quem dou dinheiro a ganhar demonstrem consciência ambiental.
Recentemente, fiz uma encomenda online e a embalagem que hoje recebi demonstra bem esta preocupação pela utilização de matéria reciclada e pela defesa ambiental. Surfdome, acabaram de ganhar uma fiel cliente!
Não é que goste de futebol. Não é que perceba de futebol. Aliás, já cheguei a bater mesmo no fundo e, num certo jogo, não estar a compreender a reacção do público.porque pensei que a equipa portuguesa era a adversária (o equipamento dos outros era vermelho e o nosso era branco).
Mas adoro equipar a família com t-shirts e cachecóis e rumar ao estádio, para torcer pelo nosso país.
Ontem, o jogo valeu mesmo a pena. Pela primeira vez, consegui cantar o hino nacional já dentro do estádio, concretizando um sonho antigo. Pois, é que normalmente chegamos tão atrasados, depois de viajarmos 100 km, que já a bola rola no relvado quando nos sentamos. Porém, ontem, contornámos obstáculos, fizemos gincanas no túnel da Luz, sprintámos à volta do estádio e conseguimos chegar a tempo.
As equipas conjugaram-se na perfeição: uma branca, desnorteada e violenta, outra vermelha, calma e segura (a nossa, claro!)
O ambiente esteve ao rubro, a puxar pelos nossos meninos, a cantar, a agitar bandeiras e cachecóis e a fazer a onda (para mim, é sempre o melhor dos jogos, a seguir aos golos: aquela vibração dos pés a bater, o barulho a aproximar-se e as mãos levantadas arrepiam-me sempre).
O primeiro golo trouxe alegria, o segundo encheu-nos de orgulho, por ter sido limpo, marcado por nós.
Não gostei das toneladas de papel que gastaram para o público fazer a bandeira nacional no início do jogo (é bonito mas vale mesmo o desperdício?) e os aviões que a seguir fizeram com as cartolinas, que andaram a voar e a embicar nas nossas cabeças (os portugas no seu melhor). E eu, também no meu melhor, vim carregada dessas cartolinas que ficaram abandonadas nas bancadas para reutilizar nos moldes que uso para os trabalhos de artesanato.
A melhor parte do jogo? O hino nacional que 60 e tal mil pessoas emocionadas cantaram em uníssono no final, enquanto a nossa Selecção agitava a bandeira no centro do relvado.
São estes pequenos momentos, em que Portugal se une em torno de uma causa, em que se reforça a identidade de um povo e em que sentimos orgulho daquilo que somos (mesmo que se trate apenas de futebol) que me arrepiam até à veia cava.
Bravo, herós do relvado!
P.S. Se pensaram que eu iria fazer a crítica do jogo, perdoem-me, mas eu nem sei identificar um fora-de-jogo. Mas para torcer por Portugal, estou cá eu.
Talvez por defeito ( ou baixa auto-estima), a gratidão sobrepõe-se ao orgulho. Obrigada Sapo, por destacares o meu post e fazeres de mim a “blogger” mais babada do dia!
Nunca julguei que os meus pequenos contributos para tentar criar um mundo melhor tivessem algum impacto. Sinto-me assim como uma sapinha transformada em princesa!
Obrigada, obrigada, obrigada!!! Já aqui disse que não poupo agradecimentos aos que me amparam e não imaginam o que este destaque significa para mim. Um dia, eu ganho coragem e conto…
Devoras chocolate enquanto resolves equações de 3º grau? Então, tens aqui o passatempo perfeito para ti . Até dia 18 de Outubro, a Snickers está a oferecer um prémio de 100 € por dia a quem acertar, através do envio de uma foto com um dos chocolates da gama... no momento vencedor.
O regulamento facilita a coisa: os momentos exactos de atribuição dos prémios podem ser calculados, através desta fórmula bem simples (para os vencedores das olimpíadas da matemática) :
Cá para mim, os vencedores ou serão os maiores sortudos de Portugal ou os grandes crânios das equações.
É bem verdade que a moda é cíclica e passa depressa mas o conforto e a comodidade das actuais tendências, na minha modesta opinião, deveriam ser perpétuas.
Durante o verão, a moda de usar o fato-de-banho a qualquer hora e lugar facilitou a vida a muita gente, que passou directamente da praia para a discoteca sem ter que ir a casa mudar de roupa. A colecção de Inverno, onde predomina a faux fur, essa então, deveria manter-se para o resto da vida! E isto por duas grandes razões:
1ª) faz parte do meu imaginário de infância, ver as velhotas da minha rua irem de manhã à padaria comprar os papo-secos para o mata-bicho em robe e chinelos de quarto! Também há 20 anos, quando vivi alguns meses felizes em Olhão, era comum as olhanenses irem ao mercado municipal comprar o peixe com essas peças garridas e confortáveis, que eu adorava apreciar!
Afinal, essas influencers de antigamente, estavam na vanguarda da moda e terão servido, inocentemente, de inspiração aos novos criadores;
2ª) no tempo frio, a primeira coisa que faço, quando entro em casa, é vestir um robe e calçar uns chinelos quentinhos. Regala-me pensar que, a partir deste inverno, posso dormir vestida e, de manhã, sair directamente para o trabalho sem passar pela tortura de me despir e vestir a bater o dente. Basta passar a escova pelo cabelo e chegarei ao trabalho com o melhor outfit fall/winter 2017/2018: um casaco oversize e sapatos de pêlo e umas calças tartan, de corte largo.
E ainda posso ficar uns minutinhos extra na cama, cheia de estilo debaixo do edredão.
Pois é! A minha telenovela com a NOS está longe de terminada!
(Se não têm acompanhado os episódio anteriores, poderão lê-los aqui: 1, 2 , 3, 4)
Aguardei cerca de 3 semanas pelo token (código que permite prosseguir com a cessação do contrato) e …. nada!
Ontem, aproveitando mais um telefonema que fiz para o apoio técnico porque a internet não estava a funcionar, pedi para me informarem sobre o ponto da situação e fiquei a saber que:
- a própria intranet da NOS é tão má como a minha internet porque o pobre operador teve que reiniciar o sistema mais do que uma vez para conseguir abrir o meu processo;
- o rapaz não conhecia o termo “token”, que é o termo com que a NOS designa esse código na área de cliente, e achou muita piada à palavra que eu estava a usar;
- no sistema, consta esse código, que ele me ditou, mas não me soube informar por que canal é que o enviam (supostamente);
- o motivo do pedido de cessação do contrato, que consta no meu processo é… tcha – ram… MUDANÇA DE OPERADORA!!!
Ora, conforme repeti ao telefone e escrevi, o meu motivo é o incumprimento contratual por não me estarem a fornecer o serviço de internet em condições de ser utilizado. Chama-se a isto má-fé, verdade?
- Haverá ainda pior? Sim, há. Quando finalmente fui à área de cliente introduzir o tal token, descubro que já expirou e tenho que pedir outro… e o operador não sabia!
Não, não é anedota! É o que NOS acontece quando erramos nas opções. Esta novela vai ser mesmo interminável!
Sou só eu que acumulo medicamentos que já não uso, à espera da próxima doença? O certo é que vão ficando a ocupar espaço e quando dou conta, já passaram de prazo há mais de um ano.
Esta semana, resolvi inspeccionar a prateleira e retirei várias embalagens. Vão para o lixo? POR FAVOR, NÃO!!!
Os medicamentos não podem ser despejados no lixo doméstico ou no esgoto porque contêm substâncias químicas que contaminam gravemente o solo e a água.
As farmácias têm pontos de recolha, da responsabilidade da Valormed, entidade que gere o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens e Medicamentos. Depois de separadas as caixas, blisters, ampolas, frascos e bisnagas, são enviados para reciclagem ou para incineração.
Lembrem-se que, se na farmácia há de tudo, também lá há um ecoponto para os nossos medicamentos fora de uso.
E, se estiveram desatentos, fiquem a saber que, durante o Verão, a Valormed dinamizou um passatempo e ofereceu 12 iPhones e 1 surface a quem entregou resíduos de medicamentos nas farmácias.