Depois de 5 dias em Paris, ontem à noite apanhei o avião e regressei.
Melhor dizendo: enfiei o corpo num avião e despachei-o para casa. O espírito ficou por lá. Virá aos poucos, empurrado pelo vento, demorando-se nas boas memórias.
Devagarinho, vou percebendo que as rotinas ganham a batalha e tentarei responder aos simpáticos comentários que deixaram aqui no blog e que li de atravessado. Prometo que irei pôr as leituras em dia, meus amigos.
Por agora, há sacos para desfazer, roupas para lavar, presentinhos para distribuir e pouca vontade de voltar ao "reng-reng" da vida.
Nos próximos dias, irei atafulhar o blog de fotos e impressões pessoais da Cidade-Luz. Com algumas sugestões de visitas e de poupança, como não poderia deixar de ser!
Um dia, um grande incêndio deflagrou na floresta. Todos os animais fugiram, assustados, tentando escapar ao fogo que se propagava. Enquanto corriam, reparavam que um pequeno colibri voava até ao lago mais próximo e regressava com uma gota de água no bico minúsculo e jogava-a sobre o fogo.
Então o elefante, já irritado por o ver passar, gritou-lhe:
- Mas tu és louco? Em vez de fugires, andas a tentar apagar o fogo com pequenas gotas de água? Não vês que é impossível?
E o pequeno colibri, sem perder tempo em conversas, respondeu-lhe:
- Eu sei. Mas eu estou a fazer a minha parte.
Esta é a minha fábula preferida e tem-me servido como filosofia de vida.
Sei que não mudarei o mundo mas não é por isso que me encolho na impotência. Faço a minha parte.
Sei que não transformarei a vida de ninguém, mas posso dar apoio e alento.
Não acabarei com a poluição no mundo mas posso reduzir o lixo que produzo.
É pouco ou quase nada? É aquilo que consigo com os meus recursos. Afinal, não passo de um mero colibri. Que venham os elefantes deste mundo e façam também a parte que lhes compete!
E vamos lá continuar a falar de coisas boas, que isso é que importa na vida!
SEGUNDA
A hora de jantar foi marcada por uma grande discussão com o meu pirralho adolescente. Nesse dia, tinha-se esquecido de colocar o equipamento de educação física no saco, pelo que não fez a aula e eu fiquei piurça com tamanha irresponsabilidade. Depois, ao jantar, tardava em chegar à mesa (estava a meio de uma competição on-line, claro está) e foi mal educado. Como resultado, ficou sem net no computador, sem telemóvel e sem tablet o resto da noite.
Porque é que saliento isto como coisa boa?
Porque, sem o demonstrar, fico em êxtase pela inteligência que ele demonstra a tentar manipular-me com argumentos. Desde acusar-me de estar numa crise de meia-idade até dizer-me que nunca o recompenso pelas notas excelentes… vale tudo para recuperar o mundo virtual. Tão bom!
TERÇA
BIG destaque no Sapo, 100% português. Felicidade blogostial!!!
QUARTA
Contagem decrescente para Paris. Já estou em modo avião!
QUINTA
Au revoir família, au revoir trabalhinho e coleguinhas, vou fazer as malas e rumar ao aeroporto.
SEXTA
Ei-la. Linda e imponente, com o mundo a seus pés: La Tour Eiffel!
Já cá estou, a cumprir um desejo de 2018. Que coisa boa!
Tal como prometi, esta semana dediquei-me a substituir definitivamente os guardanapos de papel das minhas rotinas diárias.
Fui à retrosaria comprar tecido mas o dono fez-me uma proposta irrecusável: vendeu-me guardanapos de pano já feitos, da marca portuguesa Sampedro (vês Raminhos, podes orgulhar-te de mim) pelo valor unitário de 1 €. Trouxe logo meia dúzia!
Mais tarde, farei outros de menor dimensão porque estes, para levar na geleira, por exemplo, são demasiado grandes.
E agora, como os personalizar para evitar o uso promíscuo dos ditos?
Esta deve ser uma preocupação generalizada de quem usa guardanapos de pano.
Assim, optei por bordar a inicial dos nossos nomes em cada um e já não há enganos!
Mas para quem não consegue optar por esta solução, deixo aqui algumas sugestões para personalizar os guardanapos (as fotos abaixo foram retiradas do Pinterest):
1)USAR BOTÕES:
Com pontinhos simples e alguns botões, pode recriar frutas ou atribuir um botão diferente para cada utilizador.
2) PINTAR OU ESCREVER O NOME OU INICIAL
Com uma caneta própria para tecido, pode simplesmente escrever o nome de cada um.
3) ACRESCENTAR POMPONS
Para personalizar os guardanapos com um toque de cor, opte por coser pompons de diferentes tons.
QUE NÃO HAJA DESCULPAS PARA REDUZIR O DESPERDÍCIO!
E vocês, que soluções encontraram para personalizar os vossos?
Pessoal, eu sou do tempo do Marco!! Haverá na lista dos filmes infantis, história mais marcante do que uma criança separada da progenitora, que fica exposta ao abandono e que faz viagens internacionais sem passaporte para reencontrar a mãe?
Hoje em dia, seria uma série proibida em televisão, certamente!
REI LEÃO 1
Talvez o filme que melhor ensina às crianças o que é o amor: da família, dos amigos, d@s namorad@s . E também ensina que não devemos desistir dos nossos sonhos mas que lutar por eles implica risco, esforço e sofrimento.
E a banda sonora é do outro mundo!
ARIEL
Um final feliz para o conto que, em miúda, me fazia chorar (penso que sabem que, no conto original de Christian Andersen, o amor da pequena sereia não é correspondido e ela transforma-se em espuma do mar).
Uma comovente mas divertida história de amor e da luta pelos nossos sonhos. Com canções inesquecíveis.
Li, esta semana, uma publicação do EKONOMISTA, que me pareceu bastante importante, relativa a cuidados com a utilização do cartão de crédito.
São alertas sobre 7 situações em que nunca se deve utilizar o cartão de crédito e que, muitas vezes, nos passam despercebidas.
Fez-me lembrar a história de um casal que conheço e que, numas férias em Marrocos, decidiu pagar um tapete com cartão de crédito.
O vendedor pegou no cartão e, como tinha o equipamento no interior da loja, atrás de uma cortina, foi lá tratar do assunto, devolveu o cartão e o recibo para ser assinado pelo titular.
Ao longo dos meses seguintes, o casal percebeu que tinha havido um milagre da multiplicação dos tapetes! O vendedor passara o cartão de crédito várias vezes, falsificou a assinatura nos recibos e recebeu o valor de vários tapetes!!!!
Ontem o meu post teve honras de destaque na página dos blogs e na homepage do Sapo! Obrigada Sapo! Obrigada Raminhos, foi graças a ti.
Hoje, ao consultar as estatísticas, reparo que tive:
4.461 visualizações
3.080 visitas
0 novos subscritores
E veio-me à cabeça esta comparação:
os blogs são como as aventuras amorosas: a maioria são meros flirts rápidos e passageiros, algumas despertam interesse e aprofunda-se a relação. Mas assumir o compromisso e oficializar o enlace? Isso é que é mais difícil e raro!
Há por aí alguém que ainda não tivesse visto o Raminhos e a sua “Missão 100% português”?
Parece que a controvérsia está lançada, o que é um óptimo indicador de sucesso para a série.
O 100% português é, como se pode verificar na ficha técnica, um programa da EndemolShine, uma empresa holandesa. Se ficaram atentos no final, viram que o programa é patrocinado por várias empresas multinacionais, o que parece contra-senso.
Mais. Como será de supor, muitos dos produtos portugueses não o são a 100%. Há produtos portugueses embalados no estrangeiro, equipamentos fabricados em Portugal mas cujos componentes vêm dos 4 cantos do mundo. E as roupas, são confecionadas exclusivamente com matérias-primas tugas? Claro que não!
A globalização da economia é isso mesmo: uma inter-dependência de países e um circuito importação/exportação que interessa a todos.
Que seria de nós, portuguesinhos, se só passássemos a consumir produtos nacionais? Em primeiro lugar, voltaríamos aos tempos da fome, porque não produzimos o suficiente para o auto-consumo. Depois, teríamos que abdicar de muitos bens por não sabermos/termos condições e recursos para os produzir. E, finalmente, com este espírito proteccionista, os nossos países amigos faziam birra e deixavam de importar as nossas coisinhas.
É isto que o programa tem intenção de fazer?
Óbvio que não!
Quando vejo e revejo os episódios, aquilo que mais faço é rir! Desalmadamente! Logo, concluo que se trata de uma série humorística. Como qualquer outra, é planeada, ensaiada, gravada com vários takes, embora pareça tão espontânea e natural. E é isso que me torna fã. Quase que acreditamos que as Marias comem torradas cancerígenas ou que vão em jejum para a escola, não é?
Mas, entre gargalhadas, estou a conhecer e a reconhecer produtos portugueses, cuja existência desconhecia por completo! Estou a fazer uma aprendizagem sobre a fabricação e codificação de muitos produtos, que me tornarão uma consumidora mais esclarecida.
E, de facto, estou a tomar consciência de que posso optar pelo consumo de produtos portugueses com maior frequência;
Que, ao fazê-lo, diminuo a pegada ambiental porque estou a consumir bens que não gastaram tantos recursos para chegar a minha casa (sobretudo no transporte).
Um programa que equilibra entretenimento, humor e aprendizagem, parece-me perfeito! Muito sucesso, Raminhos, estou a torcer por ti!
Mas, sejamos francos: embora passemos a olhar mais para as etiquetas de fabrico, a decisão vai descambar quase sempre na outra etiqueta: a do preço! E essa é que é a grande missão: terão os portugueses capacidade económica para poder optar pelos bons produtos nacionais?
Uma semana partida quase a meio, com uma constipação ainda por curar? Não esperem grandes prazeres! Apenas trivialidades. Mas boas!
Segunda:
Terminei uma encomenda que foi interrompida pela avaria da minha máquina. Algumas peças foram entregues sem registo fotográfico (é o que faz terminá-las durante a madrugada) mas aqui vos deixo alguns exemplos.
Se me pedirem muito, na próxima semana mostro-as mais detalhadamente.
Terça:
Por acaso alguém se lembra da minha wishlist do desafio das 52 semanas? Em que eu pedia uma placa de fogão nova porque a minha não tinha força?
Pois bem: na terça, enquanto adormecia frente a ela, à espera que um bifinho de frango grelhasse, tive uma visão! Sim, o Deus do Fogo veio e falou-me ao ouvido:
"Ó parvinha, lembras-te que essa placa trazia dois tipos de bicos injectores para a saída de gás? E que os de gás natural que guardaste dão maior saída?"
E vai daí, fui buscar as instruções e os acessórios guardados, fui ao Google ler sobre o assunto e passei a tarde a fazer experiências. Resultado? A cozinha não ardeu, o fogão não explodiu e troquei os injectores de menor dimensão para gás canalizado pelos maiores de gás de garrafa que estava a usar. E não é que tenho um fogão a bombar?
Quarta:
Para quem tem um Blog, há coisinha mais boa do que ter um destaque? Quarta-feira foi o dia!
Quinta:
Depois de ler muito sobre o assunto, tive tempo para ver o progama do Raminhos "Missão 100% Português".
Muito bom! Acredito que vá mexer com a economia nacional.
PORÉM: quanto tiver mais tempo, hei-de pesquisar se este é um programa português ou algum formato importado de outras televisões... desconfio que sim.
De qualquer modo, o programa tem mérito e o Raminhos está o máximo!
Claro que, no final, também me questionei se os sr.s auditores entrassem na minha casa, como é que eu ficava: pelo menos a maioria da mobília ninguém me tirava. Veio de Paços de Ferreira há quase 25 anos e ainda cá está. Perfeita!
Sexta:
Após longas semanas a adiar, finalmente comecei a costurar a minha colecção de sacos para compras a granel, cuja foto coloquei na minha rubrica das sextas-feiras "Comprometo-me a reduzir a minha pegada ecológica".
A próxima semana promete grandes voos e fotos de outras paragens. Alguém quer adivinhar? Fica a pista aqui .
Há dois passos na redução da minha pegada ecológica que ainda me faltavam. Seriam os mais básicos mas envolviam tempo e trabalho (e uma máquina de costura que entretanto avariou e teve que ser reparada).
Um deles era a execução de sacos de tecido para as compras a granel, evitando recorrer aos sacos de plástico dos supermercados.
Ontem foi o dia: aproveitei restos de um cortinado que uma amiga queria jogar fora mas que eu guardei e comecei a trabalhar. Sem grandes perfeccionismos, costuras a olho (porque é que em casa de ferreiro há sempre espeto de pau?) e ei-los: sacos de compras transparentes, para não haver dúvidas na caixa de pagamento!
Estes saquinhos vão poupar centenas de sacos de plástico porque, a partir de agora, vão ser os meus melhores amigos nas compras!
O saco do pão é bem antigo, fi-lo há cerca de 35 anos mas continua a ser muito digno de um bom pão alentejano.
Agora o outro passo é trabalho para o fim-de-semana: MUITOS GUARDANAPOS DE PANO, para substituir definitivamente os de papel.