Os turistas ainda não perceberam a diferença entre unidades hoteleiras e alojamentos locais.
É que estes últimos são uma espécie de favor que os proprietários fazem, mais ou menos como, há dois mil anos atrás, alguém cedeu um estábulo a uma família em Belém.
Ao pé do meu trabalho e do cafezinho onde costumo ir na pausa da tarde, há um alojamento local recente.
O dono recuperou os pisos superiores do prédio onde tem o restaurante.
Ora estava eu no tal cafezinho e entra um italiano com a respectiva bagagem a pedir ajuda porque tinha reservado um quarto nesse alojamento e ninguém abria a porta nem atendia o telefone.
Enquanto isso, vimos passar na rua a dona do alojamento local e rapidamente a chamámos, pelo que o italiano, visivelmente aliviado, lá seguiu atrás dela (O italiano fez bem em escolher uma terra pequena, onde nos conhecemos todos, de facto).
Já na rua, cruzámo-nos com o dono e o meu colega, em tom de brincadeira, perguntou-lhe:
- Então, não estava à porta a receber o hóspede?
E ele, revelando o verdadeiro espírito de empreendedor turístico, lá responde:
- Hum, eles pensam que isto é como eles querem! Reservam de manhã e aparecem à tarde! Devem pensar que eu estou sempre aqui. Eu nem cá estava na terra. Tiveram muita sorte que cheguei mais cedo, senão ficavam à porta!
E se fosse este o espírito acolhedor nas unidades locais, os residentes que se queixam da explosão deste tipo de alojamento poderiam ficar descansados.
Que, por esta altura, os turistas já tinham voltado para os hotéis tradicionais.
Durante muito tempo, orgulhei-me de comprar detergente e amaciador para a roupa com descontos superiores a 60%.
Era esta a minha poupança!
Aguardava por uma boa acumulação de descontos e comprava em grandes quantidades, ficando com stock para um ano inteiro.
Todavia, a consciencialização da minha pegada ambiental levou-me por outro caminho.
Apercebi-me do plástico que estava a consumir. E da quantidade de produtos químicos que lançava para o ambiente, em cada lavagem de roupa…
E, concomitantemente, descobri uma maneira de poupar ainda mais.
As medidas de poupança que utilizo actualmente são bem simples mas muito, mesmo muito eficientes:
- Faço o meu próprio detergente, a partir de sabão azul. É mais ecológico, não gasto embalagens e cada lavagem custa-me cerca de 2 cêntimos. Podem ver a receita aqui.
- Utilizo vinagre de sidra como amaciador. Basta uma esguichadela no compartimento e a roupa fica macia. É inodoro. Se quiser um cheirinho, coloco umas gotinhas de essência de água de colónia ou óleo essencial.
- Sempre me recusei a sucumbir à máquina de secar roupa. Não tenho. Seco a roupa ao sol.
Obviamente que tenho espaço para isso e um alpendre onde consigo estender a roupa em dias de chuva.
- Estendo alguma roupa em cabides, como vestidos, casacos, camisas.
Muitas vezes, a roupa fica impecável e dispensa o ferro. E aqui poupa-se tempo e dinheiro em electricidade.
- Para nódoas difíceis, recorro muitas vezes à velha técnica da “Cora”.
Deixo a roupa molhada ao sol, dentro de um alguidar e o Sol trata-me do assunto!
- Na hora de engomar, acredito que um bom ferro faz a diferença. Passa a roupa mais rapidamente, o que permite poupar electricidade (e tempo).
E se é para passar roupa, que seja a sério! Passar poucas peças de cada vez implica o consumo de energia na fase de aquecimento do ferro. Quanto mais vezes o fizermos, mais energia gastamos.
E há roupa que pode ser passada dobrada: toalhas, lençóis…ou não ser passada de todo!
E, já que falamos em roupa, passei a optar por molas de madeira. Duram mais e é menos plástico que uso!
Sabes quando tens um turbilhão de ideias, pensamentos, projectos dentro da cabeça e nada sai?
Quando o relógio engole uma pastilha de extasy e acelera, fazendo com que os dias sejam breves instantes e as noites soprem rapidamente as estrelas para longe?
Verão é tempo de acalmar.
Mas, talvez, porque o Verão só nos espreita timidamente e recua, não é isso que sinto.
Vou ter que parar.
E respirar.
E abdicar de uma parte de mim para que a outra floresça.
Azar, azar, era sair-me o euromilhões daqui a pouco e eu deixar a secretária desarrumada, a porcaria do trabalho que estou a fazer por acabar e desaparecer daqui até as folhas começarem a cair...
Falta de sorte é outra coisa.
É eu aqui estar na próxima segunda-feira, com a secretária desarrumada, às turras para submeter porcarias através da net e não voltar a conseguir.
Há por aí algum vírus da sexta-feira 13 a circular?
Ainda oiço os acordes das guitarras, a voz, a batida da bateria.
Foi noite de rock, caramba!
Um concerto cheio de cabeças grisalhas a abanar. Os pais e avós a saltar e a vibrar mais do que os jovens que lá estavam.
Voltar atrás na idade é normal, num Crazy World criado pelos Scorpions.
De qualquer modo, não houve espaço para descansar. O alinhamento do concerto não permitiu quebras de energia no público.
Entre o ritmo do bom rock e as baladas intemporais, ninguém baixou os braços, ninguém parou de cantar e de dançar!
Eles continuam imbatíveis em palco!
Acusam cansaço, é certo. Discretamente, vão alternando breves saídas de cena para retemperar.
Mas nem notamos!
Os momentos mais aguardados (pelo menos por mim) não decepcionaram: o solo de bateria, quando Mikkey Dee se eleva no ar e fica lá bem em cima, a comer cabelo e, entre sorrisos e suor, também nos arranca do chão com a batida inacreditável da percussão! É sempre para delirar, sim!
E depois, na primeira canção do Encore, lá ouvimos os primeiros acordes do Still Loving You.
A malta grita, aplaude e depois acalma. E é ver casais dos “entas” enlaçados, a reviver velhos tempos e o mesmo amor… Momento mágico. Tão bom!
Mais uma vez, os Scorpions não desiludiram. Aliás, acho que se superaram!
Eu é que já não tenho pedalada para estes velhos que rejuvenescem em cada concerto.
Hoje estou meio morta… está na altura de ganhar juízo.
A propósito, Scorpions, quando é que cá voltam outra vez?
Não suporto a minha tendência para achar que não consigo fazer as coisas antes de tentar. Por isso, ando sempre a aceitar desafios para contrariar este meu defeito.
Eu nunca vou conseguir andar de bicicleta. Pronto, aqui está a prova do que disse acima. Qualquer dia, aprendo!
Eu já me perdi no parque de estacionamento. E nos corredores dos centros comerciais. O meu sentido de orientação ficou na barriga da minha mãe!
Quando era criança adorava contar anedotas. Mesmo das picantes. Parece que toda a gente me achava graça. Depois perdi esse dom.
Neste exacto momento... estou cheia de culpa por só agora estar a responder!
Eu morro de medo de ver as pessoas que mais amo sofrer.
Se eu pudesse oferecia uma fortuna aos mergulhadores que salvaram as crianças da gruta.
Fico feliz por cada dia.
Adoro chocolate.
Quero muito ir percorrer a Europa numa auto-caravana. É o meu sonho pós-reforma.
Eu preciso dormir mais. Ou melhor, eu preciso dormir menos...para conseguir fazer tudo o que quero.
Não gosto de me esquecer de responder a comentários aqui no blog. Acho uma falta de respeito para quem me lê. Se já o fiz, apontem-me o dedo para eu me retratar, ok?
Não vou arriscar nomear ninguém mas quem quiser, chegue-se à frente, ok?