Regra geral, antes de fazer uma compra, avalio as características, comparo preços, pesquiso opiniões.
Mas isso não deve ser surpresa para quem já me vai conhecendo.
Talvez não saibam é que eu vou adiando até ao limite as compras que envolvem despesas mais avultadas.
Há 5 anos que ando a adiar a compra de um sofá novo...
E andei 2 anos a adiar a substituição da placa de fogão, que já se andava a desfazer aos cantos. Mas a tinta para recuperar esmalte lá ia disfarçando a ferrugem...até que um dia, em pleno centro comercial, o meu marido deu-me um ultimato:
não sais daqui sem uma placa nova!
E eu lá fui à loja de electrodomésticos escolher.
Tudo caríssimo!
Depois havia o problema de que não tenho gás canalizado e eu não queria uma placa eléctrica porque são frequentes os cortes de energia por aqui. E os fogões apropriados para gás de garrafa parece que são vintage... verdadeiras raridades.
Acabámos por sair de lá sem placa mas fomos a outro centro comercial. Comparar.
Tudo caríssimo, eu não iria dar 300 ou 400 € por uma simples placa!
Mais uma voltinha, mais uma tentativa noutra loja!
Encontrei maior variedade de modelos e preços.
Ao fim de uma eternidade (para desespero da família que já queimava mesmo sem bico), decidi-me por um modelo moderno, de vidro temperado, sem a tradicional grelha de apoio (que me custava a enfiar no lava-loiça para a lavar).
BARATO!
Pois bem:
A saída de gás era tão fraca que, em vez de grelhar bifes ou fritar batatas, saíam cozidos em lume brando!
O problema está meio resolvido, como descrevi num post anterior (que aqui transcrevo) mas que foi a pior compra de que tenho memória, lá isso foi!
Por acaso alguém se lembra da minha wishlist do desafio das 52 semanas? Em que eu pedia uma placa de fogão nova porque a minha não tinha força?
Pois bem: na terça, enquanto adormecia frente a ela, à espera que um bifinho de frango grelhasse, tive uma visão! Sim, o Deus do Fogo veio e falou-me ao ouvido:
"Ó parvinha, lembras-te que essa placa trazia dois tipos de bicos injectores para a saída de gás? E que os de gás natural que guardaste dão maior saída?"
E vai daí, fui buscar as instruções e os acessórios guardados, fui ao Google ler sobre o assunto e passei a tarde a fazer experiências. Resultado? A cozinha não ardeu, o fogão não explodiu e troquei os injectores de menor dimensão para gás canalizado pelos maiores de gás de garrafa que estava a usar. E não é que tenho um fogão a bombar?
Em início de um novo ano escolar, parece-me a altura mais oportuna para agradecer, como mãe, pelo fabuloso trabalho que a Maribel Maia tem desenvolvido no seu blog.
Para além de dicas e materiais sobre educação escolar, aborda temas que fazem derrubar os muros da escola. A educação não acaba na escola nem começa em casa. É impossível separá-la quando uma criança ou jovem se vive por inteiro.
E este blog está cheio de vida, quando conversa sobre educação.
Só possível por quem escreve com tanto amor pela profissão.
E que nos convida sempre a participar nesta longa conversa...
Quando oiço um "não consigo", sobretudo aqueles que soam cá dentro, antes mesmo de arriscar e tentar, lembro-me da história inspiradora de Mandy Harvey, a cantora surda que arrebatou o botão dourado de Simon Cowell, no America's Got Talent.
Às vezes, é preciso aprender a renascer para batalhar pelos nossos sonhos de maneira totalmente diferente.
O "não consigo" é apenas o grilhão que nos prende ao comodismo e ao medo de tentar.
Às vezes não caibo no corpo nem na vidinha que corre das 9 às 5 e fico a pairar por cima de mim, dos temas de conversa, do trabalho desinteressante e do dias sempre iguais...
regra geral, venho poisar aqui.
Como se fosse um pássaro em cima de um ramo fresco!
Ontem, partilhei algumas regras de poupança que tento seguir no regresso à escola.
Entre outras dicas, defendo a ideia de que não é necessário gastar muito dinheiro em cadernos...o que não significa que os nossos filhos não possam ir para a escola com material de arrasar.
Há sempre maneiras de transformar um caderno básico (e barato) numa peça única, de forma bastante simples e fácil, consoante o gosto do aluno.
Há lá melhor maneira de começar o ano lectivo do que usar orgulhosamente material feito pelos próprios (com uma ajudinha dos pais)?
Aqui ficam algumas técnicas que se podem utilizar:
1) Decorar com fitas
Para uma decoração mais coquete, uma simples fita e um lacinho, colados na capa com cola quente, conferem um toque mimoso a qualquer caderno básico.
2) Pintar
Mesmo quem não tem jeitinho nenhum para pintar, pode fazer uma capa espectacular com alguns truques.
Usar um molde e contorná-lo com pintinhas garante um resultado diferente e muito bonito.
Ou espalhar bolinhas de cor, pintando com a ponta de borracha dos lápis que já não usa.
Para um trabalho mais colorido, mas bastante simples de realizar, esta composição faz soltar um "UAU" em qualquer boca.
Outra alternativa colorida bastante divertida é a pintura com os dedos.
A criança pode pintar dedadas de várias cores que depois se transformam em balões, bastando desenhar o fio e decorar a gosto.
3) Decorar com Stencil improvisado
Uma renda velha, um naperon papel (doilly) ou outra forma à escolha, pode originar uma capa diferente e super rápida de executar.
Basta forrar a capa, pintar com tinta sray e deixar secar.
4) Colagens
Com cartolina, EVA ou feltro, pode-se conseguir um caderno com os desenhos ou personagens favoritos.
Parece difícil?
O segredo é escolher um molde na net, recortar o material com esse molde e colar na capa.
5 - fita adesiva (washi tape)
E se chegou até aqui e continua a achar que não conseguirá fazer nada disto, deixei para o fim a alternativa mais fácil: decorar com fita cola.
Em qualquer papelaria ou hipermercado (ou loja de chinês), existem fitas coloridas, próprias para scrapbook (técnica de personalização de capas de álbuns, livros e agendas), que basta colar, consoante o gosto.
E um simples caderno de 50 cêntimos pode ser personalizado e mostrado em conjunto com aquela frase sonora:
FUI EU QUE FIZ!
(garanto-vos que não há preço para tamanho orgulho)
Mesmo para os pais que ainda estão de férias, o regresso às aulas voltou a ser aquela nuvem escura que tapa o Sol dos últimos dias de verão e ensombra o orçamento familiar...
São livros, material de desporto, cadernos, lápis, cores, material de desenho, uma mochila gira!
E, por cada filho, um fundo de investimento! Um fundo sem fundo, ressalve-se!
E é preciso assumir que os pais fazem os maiores sacrifícios para que os filhos comecem as aulas motivados e que o peso da vergonha por não ter a mochila da última colecção da marca mais cara não tenha 5 quilos a mais do que o material que lá vai dentro...
Há que ponderar custos, discutir com os filhos para que percebam o dinheiro que se pode gastar...ou poupar!
Para que entendam e aprendam a gerir opções. Porque às vezes, não compensa comprar o mais barato, de facto.
Como mãe já com mais de 20 anos de experiência, passei a cumprir algumas regras que me permitem poupar algumas centenas de euros.
E aqui ficam, como cábula para vir espreitar, sempre que cada ano lectivo esteja prestes a começar:
1 - Livros em segunda mão
Há vários anos que não compro livros escolares.
São-me emprestados e embora passe várias tardes a maldizer a vida, quando estou a apagar as anotações (há um ano escrevia este post), este azedume passa depressa!
No ano seguinte, empresto a outra pessoa.
E não havendo amigos que possam emprestar?
Durante a crise, várias bibliotecas, escolas e associações desenvolveram projectos de empréstimo ou cedência de livros usados. O esquema continua montado. É questão de se informarem na zona de residência.
Ou...pesquisar no OLX. Lá encontram o que precisam, de certeza absoluta! Só deverão ter o cuidado de receber em mão e dar uma vista de olhos antes de pagar.
2 - Material de Desporto
Felizmente (porque os nossos filhos crescem que se farta), a roupa e sapatos de desporto já não vão servir!
Ir ao Centro Comercial "ver" o que lá há não é a melhor opção. De todo! As montras estão cheias de coisas irresistivelmente lindas...e caras.
Nesta matéria, faço sempre uma pesquisa na net para comparar preços e promoções.
Para as aulas de desporto não é preciso roupinha de marca!
Já tenho falado na SportsDirect como boa opção, mas nesta altura, as lojas de desporto têm boas promoções.
Só não compro calçado se não tiver certeza do tamanho (a devolução ou troca pode ter custos e aí lá se vai a poupança).
Mas pode ser uma boa estratégia ir experimentar numa loja física e depois comprar na net, se o preço compensar.
Não obstante, a compra do calçado de desporto deve ser bem ponderada. Os ténis mais baratuxos podem ser de má qualidade, desconfortáveis e que não facilitem a transpiração.
Aqui compensa gastar um pouco mais e ter a certeza de que serão duráveis e adequados à prática de desporto.
3 - Material escolar
Claro que todos os alunos, mesmo que não pretendam esforçar-se muito nas aulas, querem material giro!
Pelo menos os meus filhos caíam nessa tentação.
O segredo é negociar!
Se lhes mostrarmos o preço de uma caderno caro e explicar quantos conseguiremos comprar com o mesmo dinheiro...eles compreendem.
Em vez de 10 cadernos caros, levavam um para a disciplina favorita e os outros eram dos mais baratos.
Ou optava por cadernos baratos e comprava o estojo com o padrão favorito, por exemplo.
E é sempre possível comprar um caderno básico e transformá-lo numa peça única e bonita. Mas sobre isso falarei no post de amanhã.
4 - Reutilização de materiais
Não vou falar de reutilização da mochila, lancheira ou bolsas.
É óbvio que se estes materiais estão bons, não há necessidade de comprar novos.
A escola não é uma passarele. Ali devem brilhar as boas notas, não os acessórios da moda!
Mas há outros materiais que normalmente nos esquecemos que podem ser reaproveitados, como por exemplo, cadernos.
Se um caderno nem chegou a metade, porque razão não pode ser utilizado no ano seguinte?
Diz 5ª A? Coloca-se um autocolante por cima com o novo ano e turma. E está feito!
5 - A Mochila
A mochila é um tema muito discutível.
Poupar numa mochila e comprar barato pode resultar numa segunda compra poucos meses depois.
Se não for de boa qualidade e resistente, não vai durar nem um ano e eu equaciono sempre o preço/qualidade.
E sabemos que uma criança leva um peso brutal às costas. Pelo que é importante que a mochila seja ergonómica e o mais confortável possível.
Aqui não se pode comprar o mais barato, mesmo que se dispense os padrões e bonecagem.
Há quem prefira comprar a mochila logo que surgem as campanhas de regresso à escola.
Eu opto por aguardar até quase ao início das aulas. É que mesmo os supermercados começam a fazer promoções para escoar o stock.
Por exemplo, no ano passado, a mochila do meu filho teve um desconto de 50% e ficou a 15 €. E continua impecável!
6 - Os lanches e a água (poupar dinheiro e o ambiente)
Não é novidade que o hábito de levar o lanche de casa é mais saudável (supostamente) e muito mais económico.
É um hábito que se adquire logo no início da vida escolar mas implica uma pequena lancheira.
Se a opção é uma peça de fruta ou sandes, não é preciso uma lancheira cara e térmica. Um pequeno saco de algodão serve. É ecológico, ocupa menos espaço e é barato.
E a água? É necessário comprar uma garrafa diariamente e consumir plástico descartável?
Não me parece. Há poucos dias dei um exemplo de uma garrafa em alumínio, bonita e barata. Uma garrafa deste tipo paga-se em pouco tempo e é amiga do ambiente.
7 - Felizmente tenho dinheiro e posso dar ao meu filho o que ele quer!
É de pequenino que eles se habituam a gerir os recursos e a perceber que têm que fazer opções.
Poupar no material escolar é uma excelente aprendizagem para a vida.
E depois, há a pegada ecológica que todos temos de diminuir. Se o nosso filho poupar 10 livros, 5 cadernos e 100 garrafas de água num ano, está a tornar-se um herói a defender o mundo. Já lhe disse isso?
Pode ver mais post da rubrica "Como eu poupo" aqui: