A minha escolha relativa aos livros que toda a gente deveria ler está a suscitar alguma curiosidade.
Espero não cometer nenhuma ilegalidade mas encontrei a versão em PDF, que vou aqui partilhar.
Após um sábio conselho da autora do Descontos (obrigada, mais uma vez), optei por retirar a partilha da versão em PDF que encontrei disponível no Google (embora baste fazer a pesquisa ela aparecer).
E já agora acrescento ainda:
que não há nada como ler um livro destes em papel!
É difícil aconselhar livros que agradem a toda a gente.
Apaixonamo-nos pelos livros pelo seu conteúdo mas também pelo que vemos neles. E isso é uma relação muito pessoal.
Por isso, optei por nomear apenas dois livros.
Duas formas magníficas (e tão diferentes) de descrever aquilo que deveríamos ser ... e o que somos, enquanto seres humanos.
O Principezinho
Provavelmente também fará parte das vossas escolhas.
É inevitável sugerir esta lição de vida, que nos oferece um reencontro com o amor puro.
Escrito de uma forma tão terna e cativante que resiste a todas as gerações.
O Papalagui
Não sei se conhecem. Foi escrito há um século... e todavia tão actual!
Os Papalagui, para a tribo samoana da aldeia de Tiavéa, são os homens brancos, os estrangeiros.
Este livro, escrito por Erich Scheurmann, em 1920, resulta de uma colectânea de discursos de Tuiavii, chefe dessa tribo do Pacífico Sul e oferece‐nos um relato impressionante e sincero a respeito da civilização ocidental.
Depois de uma visita à Europa, Tuiavii regressa à sua ilha natal e escreve vários discursos com a finalidade de dar a conhecer ao seu povo os usos e costumes da sociedade ocidental.
Li-o em criança e nunca mais o esqueci. Foi o primeiro confronto que tive com as incongruências da nossa cultura.
(Já agora, para as gerações mais novas, acrescento que a Lena d´Água fez grande sucesso com uma canção homónima, na década de 80)
Aqui fica um pequeno excerto do livro:
O Papalagui está sempre a pensar. Pensa para não ficar estúpido, de modo a que os homens se instruam para delimitar a altura de uma palmeira, o peso de uma noz de coco, os nomes de todos os chefes de uma tribo. Entretanto passa a vida a pensar, mas nunca presta atenção às coisas que mais precisa. Enquanto queria pensar sobre o sol, passava a vida escondido dele.