E, em vez das tradicionais gomas e guloseimas da praxe, os mimássemos com comida assustadoramente saudável?
Descobri algumas sugestões que vão arrasar (e evitar algumas cáries).
E são tão fáceis de executar que parece trabalho de bruxa. Daquelas a sério, que estalam os dedos e as coisas aparecem feitas. Ou já compraram uma Bimby.
Porque daquelas que passam o serão a mexer no caldeirão já cá estou eu...
Nota: todas as fotos foram retiradas do Pinterest.
Foram os meus filhos que me criaram o perfil de Facebook, no tempo do Farmville, em que precisavam da colaboração dos amigos virtuais para a quinta prosperar.
Talvez porque nunca gostei de expor a minha vida, sobretudo através de imagens.
Não são as poses artificiais que me identificam. Nem o cabelo arranjadinho e a cara maquilhada que fazem de mim o que sou.
Porque, na realidade, eu não ando perfeita no dia-a-dia. Nem é isso que me preocupa.
Acho que foi esse o motivo que me fez perder de amores pelos blogs.
É difícil uma pessoa escrever diariamente (ou quase) e esconder a sua essência. A escrita tem canal directo com a nossa personalidade e uma prosa artificial torna-se incongruente, mais dia, menos dia.
E assumo que, de facto, é isso que valorizo numa pessoa. O seu interior.
E é aí que eu tento aprumar-me todos os dias. Em ser atraente como ser humano.
Ontem, a propósito de um disparate que postei aqui, chamaram-me linda.
Quem nunca me viu e não faz ideia de como eu sou.
Apenas pelo que escrevo e partilho. E embora eu saiba que foi a simpatia a falar mais alto, eu quero muito acreditar que sim. Que tenho alguma beleza interior. E que me vou esforçar por ser cada vez mais bela. Todos os dias.
Eu juro que tentei inspirar-me para conseguir um bom conto sobre comida.
Mas, embora seja menina de bom apetite, esta palavra não me desperta vontade de boas histórias.
Primeiro, porque trabalhei com pessoas a quem faltava comida na mesa.
Não consigo esquecer-me de uma mãe que veio com o filho falar comigo e, envergonhada, acabou por confessar que nenhum ainda tinha tomado o pequeno-almoço.
E, que a criança comeu, logo ali, o pacote de bolachas que eu tinha guardado na gaveta da secretária.
Extravasando as minhas competências profissionais, levei muita comida da minha casa para entregar a famílias carenciadas.
E, sinceramente, não me apetece reviver esta fase.
Por isso, estou aqui a escrever este texto e a recuperar da maratona de Domingo, passada ao fogão.
Há dias em que a minha casa parece um restaurante de 3 estrelas Michelin. Uma por cada gosto diferente:
- o do marido, tipicamente alentejano;
-o da filha, vegetariana;
- o do filho, bifóide, pizzóide e massóide.
No almoço de sábado, consegui conciliar os gostos com uma sopa de ervilhas com ovos (não contem nada, mas escondi as rodelas de linguiça da minha filha).
No Domingo, depois do almoço, resolvi fazer sopa e uma feijoada de legumes para a princesa não perder tempo a cozinhar durante a semana.
Já que estava na cozinha, decidi fazer um bolo para lancharmos e ela levar umas fatias para Lisboa.
Quando tinha os ovos na mão, olhei pela janela e vi os meus sogros a chegar.
A minha sogra trazia uma boleira na mão, com um bolinho de limão acabadinho de fazer!
Digam o que disserem, a comidinha que não nos dá trabalho, sabe sempre melhor!