Eu estou cada vez mais adepta de fazer compras online, quando não posso comprar no comércio local.
Para além de conseguir boas promoções, evito a deslocação aos centros comerciais (onde perco o tempo que não tenho e acabo por gastar mais dinheiro em refeições e compras inesperadas).
O método de pagamento que privilegio é o Paypal. É simples e não dou os dados do cartão de crédito.
O risco mesmo, é o produto não servir. Sobretudo se estou a encomendar roupa ou calçado.
Para encorajar as vendas online, muitas lojas já têm um serviço de devolução gratuito.
Mas outras não.
E estes custos nunca são baratos, pois não?
Há pouco tempo, descobri que o Paypal assegura os custos de reembolso, se a compra foi paga por aqui.
Se repararem, no e-mail com o recibo de pagamento, têm este alerta:
Se devolveram a encomenda, devem guardar os comprovativos da despesa e da aquisição.
Têm 30 dias para solicitar o reembolso, através do site do Paypal. E é bem fácil!
Aqui estão os passos:
1) Iniciar a sessão no Paypal, abrir o menu "Atividade" e seleccionar a compra em questão;
2) Clicar no quadradinho onde está escrito " solicitar reembolso dos custos de devolução".
3) Somos reencaminhados para um formulário onde devemos explicitar o que devolvemos, qual o motivo e como pagámos:
4) Finalmente, devemos anexar os documentos em forma de ficheiro, para provar a aquisição, o valor e a data da despesa de devolução.
No(s) dia(s) seguinte(s), recebemos um e-mail de confirmação.
O Paypal assegura o pagamento em 5 dias úteis e limita esta facilidade a 12 devoluções por ano.
Para informação mais detalhada, poderão ler os termos e condições aqui.
Aqui fica a dica de poupança, que muitas vezes nos passa despercebida.
Apesar do desconto ser em cartão, podemos sempre gastar o saldo em alimentação, o que me parece excelente.
Ontem, depois de consultar o folheto cuidadosamente -as letras pequeninas advertem a excepção dos livros, entretenimento, desporto e aventura - decidi ir comprar uns jogos para oferecer no Natal.
Escolhi 3. Estavam todos numa área em que se publicitava o desconto em cartão de 50%.
Quando cheguei à caixa, perguntei à menina - que com o Intermarché já estou mais que calejada - se estavam todos abrangidos pela promoção.
Respondeu que achava que sim mas só depois de pagar é que conseguiríamos ver.
Paguei.
E vi.
Vi que um Monopólio (a edição Bandido) não teve desconto.
Outras edições do folheto estão abrangidas. Esta não.
Vim para casa a tentar perceber se este Monopólio é um livro. Um entretenimento (e os outros não) ou desporto e aventura. As tais excepções a todos os brinquedos do folheto.
Mas com calma, descobri a razão: esta edição não consta do folheto.
Por isso, se pretendem aproveitar esta promoção, válida até dia 9, tenham muito cuidado.
E o meu Monopólio?
Esse voltou para a prateleira, que eu não estou para comprar excepções de excepções. Temos pena...
Hoje fui brindada com um destaque sobre o post que escrevi acerca do Dia Internacional dos Voluntários.
É um assunto que, cada vez que vem à baila, desperta reacções extremas: há quem pratique voluntariado e adore. Há quem considere que os voluntários são uns oportunistas e que o lucro está sempre latente nas supostas boas intenções das pessoas.
Respeito as duas opiniões, embora pertença ao primeiro grupo.
Infelizmente, os maus exemplos de oportunismo e má gestão que vamos conhecendo, ajudam a destruir a credibilidade das boas práticas.
Mas acredito que são excepções.
Defendo que o voluntariado continua a ser um pilar da nossa sociedade.
Quantas associações desportivas, culturais e recreativas existiriam sem voluntários?
Quantos animais teriam morrido à fome sem voluntários?
Quantos fogos proliferariam dentro de povoações sem voluntários?
Quantos doentes estariam abandonados nos hospitais, sem alguém que os visite?
O voluntariado não se resume às acções sociais e à angariação de fundos. É muito mais do que isso.
E é, sobretudo, um tema que merece ser discutido sob todos os pontos de vista.
Por isso, obrigada ao Sapo pelo destaque e a todos os que têm comentado ao longo destes dois dias.
Todos enriquecem a discussão e o nosso conhecimento.
Celebra-se hoje o Dia Internacional dos Voluntários. Daqueles que, a troco de nada, cedem o seu tempo a bem de alguém ou de alguma coisa.
Mas será mesmo assim?
O Voluntariado é definido como um conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço de indivíduos, famílias e comunidades, desenvolvidos sem fins lucrativos, por entidades públicas ou privadas.
Ou seja, alguém que, de forma desinteressada decide responsabilizar-se por desenvolver acções a bem da comunidade.
E alguém acredita que se cede tempo, recursos e energias sem interesse? Acrescidos da responsabilidade de cumprir um horário ou uma escala, mesmo que esporádicos?
Quem aí me está a ler e tem por hábito fazer coisas que não lhe interessa sem ser obrigado a tal?
Por isso eu creio - e já coordenei alguns projectos de voluntariado - que isto é um mito. Uma definição oficiosa que não existe na realidade.
Um projecto de voluntariado, quando bem organizado, é um trabalho perfeito. As pessoas estão lá porque gostam e enquanto gostam. Sem obrigação de continuar.
E estar onde nos sentimos bem, sem esperar nada em troca, é raro.
O voluntário não ganha dinheiro. Pois não.
Nem regalias.
Mas espera muito em troca.
Em primeiro lugar, espera a realização pessoal porque sente prazer em ajudar.
Assume-o como uma missão. E não se trata apenas de apoio social. Pode tratar-se de colaborar num evento cultural, na defesa do ambiente, na recolha de lixo, por exemplo.
Depois, quer sentir-se útil. Preencher-se enquanto pessoa e manter-se ligado à comunidade.
Encontrar a segurança de quem ocupa um lugar no mundo e quer sentir que faz aqui falta.
Finalmente, e mesmo que o negue, aguarda reconhecimento. Que alguém agradeça o seu contributo. Que reconheça o seu empenho e que o valorize.
Porque o voluntário não dá.
O voluntário troca o seu contributo por sorrisos, por um obrigado, por um olhar de reconhecimento pelo seu esforço. E pela felicidade de fazer bem aos outros.
Esta é a moeda do voluntariado. Quem não compreende, desconhece que estas acções mantêm a engrenagem social, embora de forma quase invisível.
Por isso, da próxima vez que se cruzar com um voluntário, faça dele um milionário. Pague com sorrisos, com um gesto de carinho e um obrigado.