Se já pesquisaram ou compraram bilhetes de avião online, provavelmente já passaram pela experiência de ver os preços dos bilhetes levantarem voo à vossa frente.
Pesquisam uma vez num determinado site e obtêm um preço.
Minutos depois, quando lá voltam...olh'ó azar...a promoção deve ter acabado...os bilhetes já estão mais caros!
As coisas que me passam pela cabeça enquanto outras se me passam pelo corpo!
O meu filho tem a triste mania de tomar duches infindáveis.
Daqueles que eu vou lá gritar e ameaçar que lhe desligo o esquentador!
Uma vez, perguntei-lhe porque se tinha demorado tanto.
Respondeu-me que estava a pensar na vida e a olhar para o horizonte...
Como a banheira não tem janela, aprendi que deve haver horizontes interiores, longínquos e onde sonhamos chegar.
Pois eu não tenho tempo para olhar para o horizonte enquanto tomo duche. Normalmente, já estou a pensar no que tenho para fazer a seguir.
Ou no que queria ter feito e não fiz.
Na minha cruzada contra o plástico, substitui o gel de banho por sabonete.
Há uns tempos, numa feira, comprei sabão vegan, que tenho usado no banho.
Este:
E enquanto me ensaboava ocorreu-me esta questão:
Um sabão vegetal que se chama macaco???
Chamem o PAN, que aqui há crime!
Na verdade, pesquisei durante bastante tempo e não consegui descobrir a origem do nome.
O sabão macaco, sabão offenbach ou sabão azul e branco, são os diferentes nomes para o mesmo sabão. É um artigo produzido desde os meados do século XIX e que continua a ser usado para lavar a roupa, tirar nódoas, lavar e desinfectar as mãos e na higiene pessoal.
O produto é composto por gordura saponificada, água e silicatos. Normalmente fabricado num tom azul ou rosa.
O velhinho sabão macaco veio substituir muitos produtos que eu comprava em embalagens plásticas.
Para além de uma medida de poupança, tem-me permitido diminuir drasticamente o uso de embalagens plásticas descartáveis, como os detergentes e géis de banho.
Eis os usos mais comuns que se podem dar ao sabão macaco:
- Lavagem da roupa à mão: é o uso mais conhecido do sabão azul e branco. Imbatível, ainda hoje.
Aliás, é recomendado para pessoas que desenvolvem reacções alérgicas aos detergentes.
- Remover nódoas: usar a velha técnica da “cora” a mais eficaz:
Esfregar o sabão a seco na nódoa, humedecer a roupa e deixar ao sol por uma hora, no mínimo.
De seguida, lavar normalmente.
- Fazer detergente para a máquina da roupa: já aqui partilhei a receita. Continuo a usar e estou muito satisfeita.
Não só pelos resultados mas também pela poupança em dinheiro e em desperdício (acabaram-se as embalagens de detergente).
- Lavar loiça à mão: espalhar sabão no esfregão e lavar normalmente.
- Limpeza do rosto: devido à função anti-bacteriana, remove as impurezas, tornando a pele sedosa e lisa. Adequado sobretudo para peles acneicas;
- Desmaquilhante: colocar sabão e água numa toalhita (de tecido, reutilizável!!) e limpar a pele suavemente.
- Limpeza do corpo: lava e purifica a pele, incluindo a higiene íntima, devido às propriedades antibacterianas e adstringentes.
Antigamente, era usado para prevenir e tratar infecções nas zonas genitais.
- Limpeza das mãos: durante muitos anos foi usado pelos profissionais de saúde para limpeza e desinfecção das mãos, inclusive no bloco operatório.
- Lavagem do cabelo: são atribuídas propriedades anti-queda ao sabão macaco, embora não existam provas científicas. Todavia, é adequado para a lavagem do cabelo, sobretudo do oleoso.
- Barbear: usado como espuma de barbear.
E o custo?
O sabão de produção industrial custa cerca de 0,50 € a barra.
Este da foto, vegan, foi comprado numa feira. É artesanal, sem gordura animal e custou-me 5 € um pack de 3 barras.