E nunca gostei de falar de coisas que me incomodam na fase da digestão.
Um destes dias, inesperadamente, ofereceram-me uma promoção no trabalho.
Mais responsabilidade, poder, quase mais 1000 € ilíquidos por mês.
Depois de passar alguns anos "arrumada na prateleira da despensa", passei a bestial.
A mesma pessoa que me colocou com todo o jeitinho na prateleira, de repente acordou e concluiu que sou a pessoa ideal para um cargo importante na minha empresa.
Estranho... devo ser mesmo boa!
De um dia para o outro, as minhas competências revelaram-se indispensáveis. Logo na fase em que, em relação ao que fazia anteriormente, ganho para coçar a micose.
Mais mil euros por mês!
Eu, que vivo a poupar tostões, de repente, tenho a oportunidade de um aumento milionário!
Com impacto na progressão da carreira e na reforma. Um prémio para o resto da vida!
No primeiro mês, consigo arranjar o carro. No outros 3, pagar as obras em casa para resolver as infiltrações no telhado... depois, finalmente, uma viagem...
E eu, que não gosto de decidir a quente, disse que NÃO antes da conversa terminar.
Porque a dúvida nem aqueceu!
Os meus valores não estão à venda!
A minha noção de integridade e de respeito pelo outro não está em promoção.
Ser paga para servir de troféu de caça, de bode expiatório e de espanta-pardais não me seduz.
Não é este o exemplo que quero transmitir aos meus filhos.
E por isso, enquanto eles não passarem fome, eu faço rapidamente a digestão deste tipo de convites e...
estou-me a cagar!
Há coisas que o dinheiro não compra. Sobretudo aquilo que não tem preço e que eu não quero vender.
É estranho, mas passado todo este tempo, não me consigo arrepender!
Um jovem casal é convidado para uma festa de máscaras.
A esposa, por causa de uma terrível dor de cabeça, diz para o seu marido ir a festa sozinho e divertir-se. Ele diz que não quer ir sozinho, mas ela insiste e diz que vai tomar uma aspirina e dormir, e que não há motivo para ele perder a festa.
Então, contrariado, ele pega na sua máscara e vai.
A esposa, após dormir uma hora, acorda sem dor de cabeça e como ainda é cedo, decide ir à festa. Como o seu marido não sabe qual é a sua máscara , ela acha que vai ser uma boa oportunidade para observar como o seu marido se comporta quando ela não está por perto.
Ela chega à festa e vê logo o seu marido mascarado na pista de dança com uma mulher muito bonita, pegando aqui e beijando ali. A mulher arranja maneira de se insinuar para que ele largue a outra.
Ela deixa-o ir até onde ele quer porque, afinal, ele é seu marido. Finalmente, ele murmura alguma coisa ao seu ouvido e ela concorda. Vão para o carro e fazem amor como uns loucos, duas, três, quatro vezes, sempre sem tirarem as máscaras. Depois separam-se e ela vai para casa, sem se revelar e volta para a cama imaginando qual será a explicação que ele dará sobre o seu comportamento na festa.
Quando ele chega ela está a ler um livro na cama e pergunta-lhe:
- Então, divertiste-te?
Ele responde:
- A mesma coisa de sempre. Tu sabes que eu nunca me divirto quando tu não estás.
Ela pergunta-lhe:
- Dançaste muito?
E ele responde:
- Vou-te contar uma coisa: não dancei nada! Quando eu ia para a festa, encontrei o Zé e o resto da malta e decidimos ir para casa dele jogar às cartas. Foi a noite inteira! Mas vou-te dizer uma coisa... o gajo a quem emprestei a minha máscara diz que teve uma noite fabulosa...
E para os foliões, está a chegar a melhor época do ano.
As brincadeiras, os desfiles e os bailes de máscara começam a surgir por todo o país.
E com eles as serpentinas, os confetis, as maquilhagens brilhantes, as máscaras originais...e o lixo que fica no final.
Desculpem contrariar o ditado mas... o Planeta leva a mal.
Nas ruas acumulam-se toneladas de papel, garrafas e copos de plástico. Máscaras partidas, adereços abandonados. Pelo esgoto escorre a água misturada com o glitter com que brilhámos durante a festa. Que mais não é do que micro-plástico colorido.
Não quero estragar a festa.
Quero apenas alertar para uma conduta mais responsável.
Deixo aqui 5 dicas simples para um Carnaval mais ecológico e 100% divertido:
1) Alugue ou peça emprestadas as máscaras de Carnaval
Sai mais barato e não está a contribuir para o desperdício.
2) Se quiser fazer uma máscara original, inspire-se e crie um fato com lixo: garrafas, tampas, pacotes tetra pak, por exemplo, dão verdadeiras obras de arte.
O Pinterest está cheio de boas ideias:
3) Substitua os confetis de papel por folhas de árvores recolhidas no chão
Basta furá-las com um furador de papel e encher o saco.
E surpreenda-se com a diversidade de tons que vai conseguir.
Lembre-se que uma tonelada de papel equivale ao abate de 10 a 20 árvores.
E quanto custa cada pacote? Que por acaso é de plástico?
4) Recuse o uso de glitter comprado
O glitter e a purpurina são micro-plásticos, ou seja, pequenos pedaços de plásticos que não se decompõem em menos de 400 anos.
Que irão parar ao mar, arrastados pela lavagem durante o banho.
Estou a falar dessas partículas que entram na cadeia alimentar e nos vêm parar ao prato.
Há alternativas ecológicas - o bio-glitter- mas não encontrei no mercado nacional.
Pode-se usar o pó de mica como glitter natural.
Ou fazer uma receita com corante alimentar e alga agar-agar:
Coloque a gelatina em pó num frasco de vidro e borrife com corante alimentar e uns salpicos de água. Leve ao micro-ondas por 30 segundos, parando de 10 em 10 segundos para misturar e dissolver. Espalhe a gelatina numa superfície lisa (uma forma ou folha de silicone) e deixe secar, no mínimo durante seis horas. Depois de seca, corte a folha em pedaços e leve ao processador ou liquidificador para obter o pó.
Das pesquisas que fiz, parece-me a mais eficaz.
Não se esqueça de usar uma base para fixar o pó à pele: hidratante, protector solar ou fond-de-teint.
5 - Se vai celebrar o carnaval, não se esqueça de levar uma garrafa reutilizável.
Evite as garrafas e os copos descartáveis.
Não os podendo evitar, assegure-se de que os coloca no ecoponto amarelo.
Não os abandone na via pública.
Faça do Carnaval uma festa divertida e saudável.
Porque queremos ter alegria para o celebrar durante muitos anos!
Andaram na praia, num passeio pelo campo, numa esplanada a desfrutar do sol e da vitamina D?
Meus caros amigos, isto é tempo de chuva, frio e vendaval!
Em protesto contra as alterações climáticas eu decidi boicotar esta Primavera fora de tempo.
Fiquei deitada, ranhosa, fanhosa, com picos na garganta e dores por todo o corpo.
Estamos em pleno Inverno, c'um raio! A mim ninguém me engana...
(Se isto está a soar a uma pontinha de inveja pelas publicações que correm nas redes sociais, com directos das praias ou de longos passeios em manga curta, só pode ser mera coincidência...)