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A 3ª face

Qua | 14.08.19

Xô mosquitos! (o meu repelente artesanal)

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Eu vivo num covil de mosquitos! Quando chega o entardecer, é vê-los sair de tudo o que é árvore e arbusto, qual magote de jovens no final do Meo Sudoeste!

 

Portanto, gasto muito dinheiro em repelente. E contribuo com várias embalagens anuais para aumentar o desperdício de plástico deste pequeno planeta.

 

Na minha cabeça, havia a intenção sempre adiada de tentar fabricar um repelente sem químicos e desperdício zero. Mas a única receita que encontrara tinha vodka como ingrediente principal, o que me desagradava.

Não por receio de me enganar e ingerir o repelente! Mas porque achava que o líquido iria ficar um pouco peganhento na pele...

e não sei se se recordam, mas há uns tempos, o Sapo destacou um post do blog I met god, she´s green,  com algumas receitas de repelentes diy.

A que mais me agradou e resolvi experimentar foi a de vinagre de cidra e óleos essenciais.

Primeiro, porque a citronela é um reconhecido repelente, usado em várias fórmulas para afastar os mosquitos;

Em segundo lugar, porque é um líquido que facilmente se usa fora de casa, em qualquer lugar;

E last but not the least, o vinagre ajuda a acalmar as picadas, pelo que se o repelente não resultasse, poderia usá-lo para acalmar a comichão pós-picada.

 

E aproveitando uma visita à minha lojinha preferida de óleos essenciais (e não só), lá veio a poção mágica - o óleo de citronela.

 

A receita que adaptei não poderia ser mais simples:

- 50 ml de água

- 50 ml de vinagre de cidra

- 30 gotas de óleo essencial de citronela

- 10 gotas de óleo essencial de eucalipto (feito por mim), para que o cheiro da citronela não seja demasiado intenso.

 

E meus amigos, se aqui estou a partilhar a receita, é porque ficou aprovadíssima. Desde então, não tenho uma única picada no corpo .

Se antigamente costumava gastar cerca de 10 € num repelente em embalagem de plástico, agora consigo fazer uma quantidade maior a um preço tão, mas tão baixo, que não o consigo calcular!

 

Obrigada I met god, she´s green, pela receita!

 

Qua | 14.08.19

Saudades pelo futuro

 

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E entre os pingos de tinta nas mãos, eu apercebi-me que esta será a última vez.

A minha mãe tem 76 anos e teimou em ajudar a pintar o exterior da casa.

Sobe o escadote com desenvoltura, com um lenço amarrado à cabeça, como me recordo da minha avó usar.

Não se  vá sujar com tinta, que para branco já lhe bastam os cabelos.

 

Da próxima vez que a casa for pintada por fora, ela já não irá ajudar. Mesmo que o consiga ou queira, eu não irei permitir.

Esta será a última vez.

E fui invadida pelas saudades do hoje que irei sentir no futuro.

 

Assim como às vezes, da janela da cozinha, sinto já as saudades que ainda não tenho, quando vejo o meu pai chegar com uma melancia debaixo do braço, acabadinha de colher na horta, enquanto lhe escuto o assobio.

Nunca sei se no próximo ano comerei destas melancias.

E por isso  trato-as como um tesouro raro.

 

E agradeço estes pequenos momentos, que me irão deixar tantas saudades.