- Ai, ai, aiiii, querido! Mais depressa, mais depressa!
- Espera, está quase!
- Ai homem! Não pares, mais depressa! Ai! Não! Para, para!
Encosta aí debaixo da ponte. É agora!
- Oh, meu Deeeeus! Acho que a coisa não vai correr bem!
Vim ao mundo assim e todos os anos é a mesma coisa!
No dia do meu aniversário, a minha mãe repete a história e, mesmo assim, a família ri desalmadamente.
O meu pai continua a jurar que não desmaiou depois de ver a minha cabeça despontar no banco do pendura mas a mãe garante que enquanto me aparava com uma mão, teve de puxá-lo pelos cabelos para que o carro deixasse de buzinar.
Até foi sorte. Com o aparato, outros carros pararam e rapidamente chamaram os bombeiros. Afinal, estávamos a menos de 3 km da maternidade.
Cada qual vem ao mundo como quer e eu decidi vir a correr.
Talvez já gostasse tanto de desporto como agora e esse tivesse sido o meu primeiro sprint.
Ou, já conhecendo a família de loucos que me calhou, ansiasse desafiá-los. Olhos nos olhos.
Durante a gravidez, a minha mãe jurou que eu, sendo rapaz, haveria de chamar-me Manuel, como o paizinho dela.
Mas o meu progenitor, que nunca esqueceu o camaço de porrada que levou dele quando foi apanhado com a ainda namorada, no meio do pomar, recusava tal ideia.
Por ter nascido debaixo da ponte, a mamã decidiu que haveria de chamar-me Manuel da Ponte.
Porém, quando o meu pai chegou à Maternidade com o assento de nascimento, depois de me registar na Conservatória, só não levou camaço maior da própria mulher porque, enfim, estavam em pleno Hospital.
Chamo-me Pontes Manuel. Por teimosia do pai mas com medo da mãe.
Na escola tinha a alcunha de Pontinha e assim sou conhecido desde sempre.
À custa do nome, convenci-me de que a minha vida é mesmo como uma ponte: circulo entre uma margem e outra e, às vezes, escondo-me debaixo das suas arcadas.
A propósito de uma comentário muito pertinente, num post que fiz há dias sobre poupança e preço dos produtos consoante o tamanho da embalagem, achei por bem partilhar esta dica:
Se o preço compensar, há produtos alimentares que podem ser comprados em maior quantidade e congelados em porções individuais, para futuras utilizações.
É o caso da polpa de tomate.
O produto, depois de aberto, deve ser conservado no frigorífico e consumido no prazo de 5 dias .
Mas também pode ser congelado.
Eu raramente compro polpa porque congelo tomates da horta biológica dos meus pais.
Mas, há uns tempos, a minha filha comprou uma garrafa grande de polpa. Sobrou mais de metade.
O que lhe fiz?
Coloquei em cuvetes de gelo e congelei.
Na altura de usar, vou retirando os quadradinhos necessários e o resto fica a aguardar nova oportunidade para entrar no tacho.
E a garrafa de vidro está a servir para guardar líquidos no frigorífico.
Com a diversidade de dietas, os restaurantes têm que se esforçar para responder às exigências dos consumidores. E por isso, ou tornam-se espaços típicos, com comida específica ou elaboram ementas abrangentes, com pratos para omnívoros, carnívoros, piscívoros, granívoros, vegetarianos, paleo, veganos…
Mas não precisamos exagerar!
Este fim-de-semana, o meu sogro fez 80 aninhos (parabéns ao sogro!) e fomos celebrar num restaurante.
Ao consultar a ementa, percebo que têm oferta para…canibais!
Disfarçadamente, no meio do marisco, há carne humana. E não qualquer uma: é de mulher, fazedora de sapatos (provavelmente marinada em couro)!
Como não há indústria de sapatos na zona, se aí no norte começarem a desaparecer empregadas da indústria de calçado, falem comigo…
A propósito da minha compilação de sites de inquéritos remunerados (aqui), tenho recebido algumas mensagens sobre a impossibilidade de registo directo na Nicequest porque a inscrição apenas se processa por convite.
Todavia, até ao final do dia de hoje, se colocarem um comentário neste post do Facebook, terão oportunidade de receber um convite.
O título também poderia ser: Quando os mitos de desfazem
Faz parte dos dogmas da poupança que comprar embalagens maiores compensa.
Aprendemos, com as regras do mercado, que adquirir em maior quantidade sai mais barato.
Vai daí, passámos a comprar embalagens maiores, para poupar.
Mas as empresas não perdoam: assim que perceberam que o comportamento do consumidor estava automatizado, inverteram as regras.
Foi com surpresa que li, este mês, o artigo da revista Proteste, que apresenta um estudo comparativo dos produtos por embalagem, concluindo que deles ficam mais caros, quando comprados em embalagens maiores.
Eu já me tinha apercebido. Mas como aproveito os descontos de folheto, atribui a diferença às promoções.
Agora, é estar alerta.
Em frente da prateleira de supermercado, o importante é olhar para as letrinhas pequenas e comparar o preço por unidade de medida: quilo, litro ou unidade.
Desde 1990 que os estabelecimentos comerciais estão legalmente obrigados a apresentar o preço por unidade junto do respectivo produto. Todavia, se costumam consultá-los, já perceberam que a leitura não está facilitada: os caracteres são demasiado pequenos ou a etiqueta do preço está sobreposta.
Nestes casos, há que fazer as contas.
Eu tenho uma APP instalada no telemóvel – a Unit Price Compare – que rapidamente me dá esse resultado e facilita o cálculo.
A minha dica é mesmo essa: perante a opção de comprar embalagens de capacidade diferente, devemos sempre comparar o preço unitário e perceber qual realmente, é mais barata.
Todavia, há outro factor importante do outro lado da balança: a embalagem descartável!
Inquestionável é que uma embalagem maior produz menor desperdício porque exige menos material.
E em caso de diferença irrisória de preço, eu opto pela embalagem maior, desde que não corra o risco de estragar o produto antes de o consumir na íntegra!