Apesar da força que a frase transmite, só lhe encontro ironia.
É impossível ficarmos bem. Isto só agora começou. Os efeitos a longo prazo serão imprevisíveis. E não penso só na saúde. Penso na economia e na saúde mental da Humanidade.
Afinal, vamos começar a educar uma geração que não irá aprender sequer a ter gestos de carinho e contacto físico com os amigos…
2) Fechados em casa, vamos ficar todos doidos
Bem sei que sou uma privilegiada porque tenho espaço ao redor da casa. Mas as semanas que passei confinada foram os melhores dos últimos tempos. Não fosse o motivo, poderia afirmar que foram tempos felizes.
Fiz novas aprendizagens e experiências.
Poupei dinheiro.
Deixei de me guiar pelo relógio, embora tenha estado tão ocupada que o tempo correu ainda mais apressado.
3) Vamos ficar todos gordos
Não sei como mas… emagreci.
Voltei a vestir roupa em que já não me enfiava.
Não fiz dieta. Não aumentei o tempo de treino.
Apenas não parei de inventar coisas para fazer.
E agora?
Agora regressei ao meu verdadeiro confinamento: a um trabalho que me esvazia e à rigidez das rotinas que me quebram a criatividade.
Mas o ser humano adapta-se a tudo. E o que importa…o que importa mesmo é ter saúde!
Num cenário imaginário, às vezes pensava em como seria um funeral nestes tempos de distanciamento social.
Infelizmente, o que só acontece aos outros caiu inesperadamente na minha família e agora sei a que sabe a dor dentro da dor.
Quando alguém jovem parte precocemente e de maneira abrupta, resta apenas o conforto uns dos outros. O carinho e o amparo que só o contacto físico pode proporcionar.
Agora, até isto o Covid nos tirou.
Não há beijos nem carinhos.
Os soluços ficam emaranhados atrás de um pano.
Os abraços incontidos têm o travo pecaminoso dos amores proibidos.
E uma máscara nunca conseguirá disfarçar o desespero de uma mãe que se separa assim de um filho.
O conforto, esse, faz-se agora com uma cotovelada e um aceno.
Quando investi na compra da máquina de fazer pão, tinha mesmo intenção de potenciar o seu uso porque este electrodoméstico faz mais coisas para além do pão nosso de cada dia.
Depois de uma ida ao supermercado, onde comprei um iogurte natural, decidi fazer a experiência.
Foi um sucesso cá em casa e já hoje deixei uma nova fornada a fazer.
Com a compra de um simples iogurte, posso agora confeccionar este alimento indeterminadamente.
A receita é bem simples:
Coloquei um litro de leite e um iogurte natural (aproximadamente com 100 gr) na máquina e seleccionar o programa iogurte.
Ter em atenção que a gordura do leite e do iogurte deve corresponder. Eu faço com leite meio gordo e iogurte meio gordo.
Ao fim das 8 horas em que dura o programa, retirei o iogurte da cuba e adocei com agave, por ser mais fácil de misturar.
À parte, triturei alguns frutos vermelhos e adicionei a metade do iogurte.
Enchi 9 boiões de vidro que andavam guardados no sótão há quase 20 anos (eu sabia que um dia conseguiria fazer iogurte caseiro!) e deixei arrefecer.
Finalmente, tapei com folha de alumínio e esperaram no frigorífico durante 24 horas.
Depois…misturamos granola, canela, morangos…o que calhar!
Ultimamente, tinha reduzido a compra de iogurtes porque não vou tantas vezes ao supermercado e corria o risco de não os consumir no prazo de validade. O problema foi resolvido.
Só tenho de ter cuidado para que fique sempre um iogurte natural de reserva, para "reprodução".
Estou a poupar ainda mais.
E a desperdiçar ainda menos.
Amanhã continuo as experiências: vou fazer iogurtes de soja!
As máscaras sociais que me encomendaram para oferecer no Dia da Mãe (e do Pai, com atraso) foram embrulhadas assim: com um pequeno bouquet de flores de papel colhidas no meu jardim.
Prémio: 1° prémio, um Óculo de Sol das Marcas exclusivas Ópticalia e o 2° prémio, um VALE no valor de 50€, para compras de Óculos de Sol de outras marcas
Isto de nos armarmos em padeiros de trazer por casa há-de ter consequências... na conta da electricidade!
E por isso, vamos tentar poupar neste gasto, ok?
Apesar de ter comprado a máquina de fazer pão, a maior parte das vezes acabo por utilizá-la apenas para fazer a massa. O pão cozido no forno tem a côdea perfeita, conforme já expliquei aqui.
Todavia, o gasto de energia é mais elevado: há que pré-aquecer o forno e esperar que o pão fique bem tostadinho.
Portanto, de cada vez que me armo em padeira, aproveito para rentabilizar o forno.
Ontem, tostei sementes de abóbora e de sésamo.
Antes disso, a minha filha já tinha feito o melhor bolo de chocolate vegan do mundo!
E finalmente, saiu o pão!
Há uns dias atrás, o forno não cumpriu o devido distanciamento social: ele era pão, batatinhas duchesse, batatas doces....
Eu gasto o mesmo. Mas tiro proveito do que gasto. E isso para mim, também é poupar!