Uma hora sem fazer nada, durante o horário de trabalho.
Sentada numa sala, a vigiar uma prova de conhecimentos no âmbito de um procedimento concursal.
Uma hora vazia.
Fazer o quê?
Afundar-me nos meus problemas?
Vaguear pelas redes sociais?
Tempos difíceis se aproximam e optei por focar-me noutra área: a POUPANÇA.
Fiz a ementa para uma semana e meia, pensando nos ingredientes que tenho em casa.
Depois retornei a um exercício difícil, que costumo praticar: onde posso poupar ainda mais?
E, nessa hora, apontei 6 ideias:
1 - Desistir da assinatura da Proteste – vai custar taaanto, mas são cerca de 150 € por ano;
2 – Retirar duas lâmpadas dos candeeiros do corredor: embora sejam led, posso ficar apenas com uma em cada ponto de luz, sem arriscar umas cabeçadas na parede;
3 – Voltar a reduzir a temperatura do esquentador e a pressão da água: está calor e não precisamos de água a escaldar;
4 – Deslocar-me a pé para o trabalho 3 vezes por semana;
5 – Trocar as caminhadas na passadeira por passeios ao ar livre: afinal, as estradas não gastam electricidade e é muito mais agradável, embora exija uma melhor gestão do tempo;
6 – Priorizar as saladas: sabem bem no Verão e dispensam o fogão.
Se estas poupanças fazem diferença? Talvez nem se venham a notar na conta bancária. Mas grão a grão...
O confinamento foi uma fase de descobertas: de repente, até descobrimos que conseguíamos fazer pão em casa!
Por toda a internet, proliferaram receitas, formas de amassar (ou não), conselhos, tipos de farinha, métodos de fazer fermento e de proceder à cozedura...
Fui daquelas que investiu numa máquina de fazer pão que, aliás, também uso para fazer bolos e iogurtes (aqui).
Criei o meu próprio fermento (aqui) e só não sei porque lhe chamam massa-mãe pois tratei-a - e continuo a tratar - como uma verdadeira massa-filha!
E sim, continuo a fazer o meu pão em casa, sempre que tenho disponibilidade para conciliar o horário de trabalho com o lento ciclo de fabrico do pão.
É nestas partilhas públicas que sinto que me devolvem sempre o dobro. Com o relato da minha experiência, recebi um e-mail repleto de bons conselhos e dicas de poupança na arte de fazer pão na máquina.
Dedicado a quem continua a fazer pão em casa só porque gosta ou como estratégia de poupança, aqui deixo os sábios conselhos da minha querida G.D.:
Raramente compro fermento de padeiro seco, pois é muito caro. Compro fermento de padeiro fresco em padarias que fica muito mais barato, que depois congelo já dividido nas doses que preciso. Aguenta perto de 1 ano congelado. Por cada 500g de farinha uso cerca de 15g de fermento fresco. Nos supermercados (inclusive no Lidl) também se encontra, em embalagens duplas de 25g. Não chega a 0,50€ e dá para quatro pães, a mesma quantidade de saquetas que as embalagens de fermento seco trazem.
Outra coisa que faço é comprar os preparados para máquina de pão, mas apenas quando estão em promoção. E quando utilizo estes preparados faço a embalagem render quatro vezes, ou seja: 1 kg destes preparados dá para dois pães utilizando 500 g de preparado, eu utilizo apenas 250 g de preparado e acrescento os restantes 250 g de farinha de trigo normal. E resulta sempre.
Ah, por vezes os pães feitos na máquina não correm bem, mas não sei o porquê. É uma questão de prática, sem desanimar. Na maior parte das vezes ficam muito bem. E depois torna-se um vício.
Não recomendo os preparados da B.N. que, para além de serem mais caros, não são tão eficientes (são os que me deram mais problemas). Os preparados do Lidl são muito bons, em sabor e correm sempre bem.
Obrigada, mais uma vez, G.D., pelo contributo.
Infelizmente, os preparados do Lidl continuam esgotados mas já fiz a experiência com outra marca e o pão saiu perfeito!