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A 3ª face

Qui | 08.03.18

5 dias em Paris (em modo low cost) - 3º dia

Se leram o relato anterior, perceberam que não conseguimos fazer o cruzeiro no Sena devido a um erro no bilhete.

Por isso, o 3º dia em Paris começou por uma visita à agência do Big Bus para corrigirem o engano. Foi rápido, desculparam-se imenso e, para nos compensar, ofereceram-nos um 3º dia de autocarro! 

A agência fica próxima da Ópera de Paris, ou Palácio Garnier e, embora não tivessemos planeado a visita, acabámos por entrar. E ainda bem. De tudo o que vi em Paris, foi este edifício que mais me surpreendeu! Eu sabia que a Ópera era bonita mas o que vi lá dentro...uau...como é possível???

Os bilhetes custam 10 € (adulto) e 6 € (jovens). Se lá forem, levem o audio-guia (5 €). Vale mesmo, mesmo o dinheiro.

Para além do luxo, da majestosidade, dos pormenores artísiticos, o mais surpreendente é perceber que um único homem, o arquitecto Garnier, concebeu este palácio na íntegra: não só a construção do edifício mas também todos os pormenores de decoração, desde os candeeiros, às esculturas e às pinturas.

Dou-vos apenas um exemplo: há estátuas que foram construídas com 7 tipos diferentes de mármore, escolhidas por ele!

A sumptuosidade do Foyer, em estilo neo-barroco, faz-nos emudecer. E, já que hoje se celebra o Dia da Mulher, adianto que, durante muitos anos, era um espaço interdito às mulheres. Quem rompeu a tradição foi uma rainha espanhola que, um dia, fez questão de ir visitá-lo…

A sala da ópera está forrada a vermelho, para realçar a pele das mulheres (segundo considerava Garnier). A meio, brilha o famoso lustre que o Fantasma da Ópera fez cair em cima do público (descobri que esta cena foi baseada num episódio verídico, quando um dos contrapesos do candeeiro se partiu e atingiu algumas pessoas).  

 

 

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Foyer

Para gáudio dos visitantes, estava a decorrer um ensaio e ainda assistimos à graciosidade de alguns passos de ballet!

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O que detestei? A pintura do tecto, da autoria de Chagall, que nos anos 60 veio substituir o original. Sem tirar o mérito ao famoso pintor, acho-a completamente desenquadrada do classicismo envolvente. Garnier ainda não deve ter perdoado Paris, por isto !(na exposição patente no espaço, podemos ver a maqueta do fresco original)

Para os fãs do Fantasma da Ópera (como a minha filha): não deixem de fotografar a porta do camarote nº 5, onde o fantasma assistia às actuações da sua amada!

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 Tecto da sala de espectáculos, com o fresco de Chagall

 

A segunda visita do dia foi escolhida pelo meu filho: o Museu de História Natural, próximo da Gare d’ Austerlitz.

O Museu é composto por vários pavilhões autónomos, implantados no enorme Jardim das Plantas. Seria impossível conhecer todos os espaços (nem sei se um dia inteiro seria suficiente), pelo que optámos pelo Pavilhão de Paleontologia e Anatomia Comparada.

É uma exposição clássica e interessante, sobretudo para quem gosta de Paleontologia e Biologia. Para além de esqueletos e de órgãos de animais extintos e contemporâneos, tem uma colecção de “monstros” (animais com alterações genéticas).

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E foi aqui que eu descobri uns antepassados do nosso querido Sapo. Em reconhecimento por nos aturar todos os dias, aqui apresento a sua "fibra"!

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À boleia do nosso Big Bus, chegámos ao Arco do Triunfo a tempo de ver Paris à hora do crepúsculo. A subida não é para os fracos… são 284 degraus de uma escada estreita e encaracolada, para subir sem paragens, porque o fluxo de turistas não nos deixa interromper a escalada.

Mas Paris, apreciada a 360 graus, faz esquecer qualquer cansaço!

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 Pormenor do Arco do Triunfo, com a identificação das 128 vitórias napoleónicas

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Numa longa caminhada, descemos os Champs Elysées em direcção à Torre Eiffel, para fazermos o ansiado cruzeiro nocturno no Sena.

Não tirámos fotos porque o envidraçado não facilitou a tarefa e o friozinho lá de fora não convidou a espreitar. Mas garanto que este passeio nocturno é má-g-i-c-o!

Apanhámos o metro, de regresso ao hotel, junto ao Túnel d'Alma, onde morreu a princesa Diana. A chama copiada da Estátua da Liberdade americana (ironia do destino: França ofereceu a réplica aos Estados Unidos e agora tem uma réplica da chama de Nova Iorque) está transformada numa homenagem à Princesa do Povo.

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 Mais 13 km feitos em Paris!

Amanhã, é dia de Louvre...

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