A importância da palavra FALHAR, num Blog
Cada vez mais, os bloggers, instagramers e youtubers são os modelos contemporâneos que modelam a nossa vida.
Não é por acaso que lhes chamam influencers. Com uma simples publicação, conseguem fazer esgotar produtos ou pôr-nos a comer mistelas que alegadamente são o elixir da juventude.
Corre-se o risco do endeusamento. Os influencers são, aos nossos olhos, perfeitos. Pessoas que não erram e que praticam, 24 horas por dia, aquilo que publicam.
À minha escala (bem pequenina), acredito que, quem me vai seguindo, sabe que partilho dois valores muito importantes neste blog: a poupança e o desperdício zero.
Mas também falho.
Há uns tempos, precisei de cogumelos frescos para o jantar. Por pura preguiça de me deslocar a outro supermercado, comprei-os onde estava.
Quando cheguei a casa, “caiu-me a ficha”: 3 embalagens de esferovite com cogumelos ao dobro do preço em relação aos que compro a granel. Por pura preguiça!
Mas não fiquei por aqui: uma semana depois, encontrei metade de uma embalagem (que não usei logo) no fundo da gaveta do frigorífico. Já impróprios, obviamente.
Entretanto, passaram-se várias semanas mas o episódio anda a pesar-me na consciência.
Também falho.
E quero assumi-lo perante quem me lê.
Para que não tenham a imagem de que sou perfeita e apenas faço aquilo que defendo.
Sou igual a qualquer um deste mundo: com conquistas e falhanços.
Somos todos assim, influencers ou seguidores, famosos ou anónimos.
E dou por mim a pensar que a palavra “FALHAR” faz mais falta nas redes sociais.
Para que não se crie um hiato entre a vida perfeita dos super-heróis da net e a nossa.
É que, pelo menos a mim, sossega-me perceber que falhar é normal.