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A 3ª face

Qui | 31.10.19

As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã

 

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Hoje celebra-se o Dia Mundial da Poupança e eu encerro o tema que desenvolvi durante os últimos 30 dias.

 

Criar hábitos de poupança e de gestão do orçamento familiar é fulcral até para a nossa saúde. A instabilidade financeira é responsável por várias toneladas de anti-depressivos, de conflitos e violência doméstica e familiar...de suicídios e homicídios.

 

Mas, como em tudo, deverá imperar o equilíbrio.

 

O meu pai conta algumas vezes a história de um comerciante cá da terra, abastado para os padrões de pobreza do Alentejo de há 60 anos atrás.

Mas o dito comerciante (com um bom pé de meia no banco) teria algum tipo de distúrbio: julgava-se pobre.

E comportava-se como se não tivesse tusto, obrigando a família a viver quase na miséria.

Um dia, a mulher convenceu-o a fazer uma excursão ao norte, de alguns dias.

Ele lá foi, gemendo que não tinha dinheiro para o passeio.

 

E nesse mesmo dia, numa paragem que o autocarro fez, pegou na mulher e na filha, enfiaram-se num táxi e regressaram a casa, alegando que não podiam pagar tal despesa!

Consta que, quando morreu, deixou uma pequena fortuna, que nunca desfrutou.

 

Poupar é importante, sim.

Mas não pode ser um fim em si.

Deverá ser um meio para viver com tranquilidade e conseguir satisfazer sonhos sem por em causa o pagamento das despesas prioritárias.

 

Poupar para quê?

Quando há um motivo, existe um incentivo para compensar o nosso esforço.

E é esse motivo, seja ele qual for, que deverá prevalecer.

 

Para todos vós, que me acompanharam durante este mês, desejo-vos

 

BOAS POUPANÇAS! 

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