Como não morrer depois das férias
É verdade que o stress pós férias pode matar mais que a dentada de um víbora (se não é, até parece).
Mesmo para quem passa as férias em casa sem fazer nada de memorável, voltar ao trabalho é sinónimo de fim do mundo. É o regresso à rotina, à correria para chegar a horas e dormir o suficiente para não esganar nenhum colega na manhã seguinte.
Também não deixa de ser verdade que, para dois ou três anormais em cada milhão (estatisticamente falando, não estou a ofender ninguém), as férias são um suplício porque o único foco na vida que têm é o trabalho.
Há alguns anos atrás, na função pública, era possível vender as férias (trocar os dias de férias por trabalho). Imaginem só! A seguir à vida, não existe nada mais sagrado do que os dias de férias... e conheço quem o fizesse!
E quantos de nós, que regressamos para um trabalho que não nos realiza, não temos vontade de chorar baba e ranho na véspera?
Pois eu encontrei algumas estratégias para sobreviver a este dia fatídico.
Comigo resultam, na medida do possível:
1 - Regresso sempre a uma quinta ou sexta. A semana fica bem curtinha e vou sonhando com o fim-de-semana que está ao virar da esquina. É como ir tomar banho de mar e ficar-se apenas pela cintura! Não custa tanto...
2 - Nos últimos dias de férias, trabalho tanto em casa (a tentar fazer todas as limpezas e arrumações que deveria ter feito num mês) que fico a desejar estar no emprego, onde não me cansaria tanto. É que resulta, caramba!
3 - Levo uma pen com as fotos das férias. Vou vendo, revendo e, quando dou por mim, já escorreguei para o ecran do computador e estou a reviver os dias felizes!
4 - Nunca esgoto os dias de férias no Verão. Felizmente, posso gerir os meus períodos de férias e garanto-vos que saber que ainda tenho 7 dias para gozar faz o mesmo que uma bombinha de oxigénio para um asmático!
5 - Desculpem lá patrões, mas essa ideia de que devemos regressar ao trabalho com novas ideias e projectos é a coisa mais adversa para a nossa saúde mental. Nós devemos é encher a cabeça com actividades para fazer depois do trabalho: ir ao ginásio, novos hobbies, explorar novos interesses, planear uma viagem ou, porque não, as próximas férias.
Vá lá, 11 meses de trabalho é só um intervalo até às próximas férias. Havemos de lá chegar outra vez!