E as viagens de finalistas?
Estamos a pouco mais de 15 dias da viagem de finalistas.
O meu filho só não é finalista por ter nascido 3 dias depois do ano de 2002 ter encerrado.
Todavia, o seu grupo de amigos é composto pelos finalistas. E como tal, insistiu muito em fazer a viagem com eles, já este ano. Como tem sido um miúdo atinado e excelente aluno, anuí (e o pai? Pois esse foi o primeiro a concordar, mesmo antes da criança ter terminado a frase).
Só não estava nos planos que o Covid-19 também se pudesse infiltrar!
Punta Umbria é “já ali” mas sabemos que se juntam jovens de todos os cantos de Portugal, Espanha e eventualmente de outros países.
Não é seguro, não me digam o contrário!
Nas discotecas, piscinas, bares e praias aglomeram-se milhares de miúdos, partilham ganzas, copos e corpos (que a gente sabe muito bem o que por lá se passa).
E agora, proíbo-o de ir?
Adianta, partindo do pressuposto de que os outros irão e que, assim que cá chegarem, vão-se juntar todos?
Já imaginaram se um - apenas um - finalista de cada terra trouxer o vírus? Quantas vilas e cidades portuguesas irão ficar de quarentena? Quantos familiares e amigos ficarão contagiados?
Não será um acelerador da epidemia que andamos a tentar conter?
Conhecem alguma guerra em que se recrutem inimigos para a batalha?
Depois das notícias de hoje, sobre a evolução do vírus em Espanha, aguardo a intervenção das autoridades para adiar (no mínimo) a viagem. Não vejo outra solução.
Já nem é pelo ressarcimento do dinheiro, que nesta altura é o menos importante.
Mas é por uma questão de saúde nacional!
Os jovens podem fazer a viagem mais tarde, ou, no limite, lamentar para o resto da vida terem sido finalistas no ano do vírus. Mas não lamentarão, por certo, ser-lhes atribuído a morte de familiares e amigos com menos imunidade.
Que o que mais importa, neste momento, é travar o bicho.
Não vos parece?