Economia circular
Chamava-se bom senso: a roupa transitava para os irmãos mais novos, depois para os primos mais pequenos. No fim, fazia-se dela panos de limpeza. A água de lavar os legumes servia para regar as plantas. Os frascos tinham uma segunda vida, guardando sementes, botões, parafusos (...) Com o passar do tempo, esquecemos estes gestos e o uso único passou a dominar as nossas vidas. Deitámos no lixo uma quantidade enorme de objectos que poderiam ter sido usados por outros e cujos materiais poderiam ter sido recuperados para fazer novos produtos. Mais tarde, percebemos que não havia matéria-prima suficiente para fazer novos produtos ao ritmo a que eram procurados e que não havia espaço para enterrar tudo o que descartávamos.
Então, o bom senso voltou. Chamaram-lhe ecologia e, agora, economia circular (...)
in Revista Proteste, edição Janeiro 2019
Ando atrasada com a leitura. Só neste fim-de-semana é que abri a edição de Janeiro da Revista Proteste.
Aconselho vivamente a leitura do artigo sobre economia circular, onde é explicado, de forma muito acessível, em que consiste este conceito. No fundo, não é nada novo. Resume-se a recuperar os hábitos antigos, em que muito pouca coisa ir parar ao lixo.
À conta do sumo de laranja, quase que enchi um saco do lixo, nos últimos dois dias. Eu sei que é lixo orgânico mas acaba por ser mais um saco do lixo usado. De plástico.
Ando a fazer um mealheiro para comprar um compostor. Tinha esperança que o meu Município desenvolvesse um projecto como o de Lisboa, que oferece compostores domésticos e formação... mas vou ter mesmo de comprar.
A Comissão Europeia definiu um Plano Estratégico Para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020), com várias metas para reduzir o desperdício, tais como:
- até 31 de Dezembro de 2020: ter reduzido 10% da produção de resíduos por pessoa/ano
- aumento mínimo de 50% do peso de resíduos que podem ser separados para reutilização e reciclagem
Tais metas só serão possíveis com a mudança dos nossos comportamentos.
Não pela Comissão Europeia. Mas por nós.
Pelo futuro do nosso planeta e dos nossos filhos.
Embora reciclar já não esteja na moda.
O que importa é não reciclar... não produzindo lixo!