FIA 2018: viagem ao mundo encantado das pessoas felizes
Eu pedi tanto (e concorri tanto) que lá consegui um bilhete duplo para a Feira Internacional de Artesanato.
Considerei-a uma prenda de anos e foi lá que passei parte do dia de aniversário.
(Agradeço aos professores da minha filha, que lhe marcaram uma oral para esse dia e os papás fizeram questão de esperar por ela para a trazerem sã e salva de volta a casa.)
A FIA é a montra anual daquilo que as mãos dos portugueses (e arredores) fazem de melhor.
A criatividade aqui não tem limites e transforma qualquer material em obras de arte e peças lindas.
Se já esperamos ver peças de barro, de tecido, bordados ou filigranas, conseguimos sempre surpreender-nos com outros materiais menos comuns, tal como a cortiça, a madeira, as pedras naturais, as redes de galinheiro...
Cada stand tem a sua especificidade, cada artesão constrói com as suas mãos o que a imaginação e criatividade liberta.
Para todos os gostos, paixões e carteiras...
Mas, na imensidão dos dois pavilhões dedicados ao artesanato (nacional e internacional), eu vejo algo em comum:
o orgulho dos criadores, o brilho nos olhos quando se cruzam com o nosso ar de admiração. Quando nos revelam pormenores das criações ou o significado de uma peça.
Sei do que falo: só as mãos das pessoas felizes conseguem criar aquilo que poderão apreciar durante estes dias!
Porque cada peça é o resultado de horas de carinho e atenção e está envolvida em emoção e muito amor. Como se fosse um filho único que ali se mostra...
Artesanato em cortiça
Peça de Joana Vasconcelos
Primeiro prémio "Melhor peça de artesanato tradicional" - Laurinda Pias
Primeiro prémio "Melhor peça de artesanato de contemporâneo" - João Marante Oliveira
O crocodilo feito em rede de galinheiro
Já tinha falado deste artesão aqui, como a maior surpresa de 2017)
Mas nem só de artesanato vive a FIL, durante estes dias.
O pavilhão 4 está ocupado pela boa gastronomia portuguesa: a charcutaria, os queijos, os licores, os doces (ai os doces...)
E foi aqui que acabei a noite, entre uma bela sandes de queijo de cabra e mel, um café em copo de chocolate e um doce de ovos de Aveiro.
Afinal era o meu aniversário, caramba!
E ainda tive direito a apreciar a Marcha de Carnide, que animou os milhares de visitantes que por ali se deleitavam.
Até para o ano FIA!
Entre pessoas felizes, também eu me sinto feliz!
E vocês, já lá foram?