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A 3ª face

Qui | 31.05.18

Fiquei tranquila depois de ler a Bíblia do "Desperdício Zero"

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A melhor filha do mundo sabe o que a mamã gosta de ler. E há uns tempos, ofereceu-me o livro da Bea Johnson, a guru do movimento "Desperdício Zero".

Apesar de o seu livro "Zero Waste Home, estar disponível em português, ela conseguiu desencantar uma versão original low cost, por cerca de metade do preço aqui.
(Lá diz o ditado que "filha de formiga sabe poupar")


E o que achei do livro?


1º ) Não é uma bíblia com mandamentos. É um guia e retrata, na primeira pessoa, o percurso da autora para reduzir o desperdício. Com sucessos e fracassos.


2º) Bea não é fundamentalista nem radical. Reconhece que, numa primeira fase, já o foi e não correu bem. A tentativa de ser auto-suficiente e produzir tudo o que precisa não foi o caminho. Há que encontrar o equilíbrio entre as comodidades da nossa sociedade e a redução do lixo e do desperdício.


O que, para mim, foi um alívio porque é assim que eu penso. Há bens e facilidades de que não quero prescindir...mas há milhentas formas de reduzir o meu desperdício.


3º) Numa sociedade consumista e que privilegia o descartável, não é fácil evitar o plástico e a tralha. Bea mentiu várias vezes, para recusá-los e escusar-se a longas explicações (até afirmou ser alérgica ao plástico, num restaurante :)


4º) Não se muda o estilo de vida de um momento para o outro. Faz-se com um passo...que a seguir leva ao outro...envolve-se a família...partilha-se com os amigos. E não é fácil para quem vive com a mentalidade do sonho americano!


5º) Há imensas dicas e receitas.
O mais surpreendente é a compilação das inúmeras utilizações do vinagre.
Essa eu não resisto a partilhar convosco, num post futuro.


6º) Denota-se já alguma desactualização (o livro foi publicado em 2013), sobretudo porque Bea adora usar panos de microfibra. E nós conhecemos, agora, os riscos do micro-plástico no ambiente...

 

O resto fica para vocês explorarem, se quiserem ler o livro.

Vale a pena o investimento.
Alerta-nos para o impacto do nosso consumismo no planeta...
E prova-nos que a felicidade não depende da quantidade de coisas que queremos ter.

Sim, porque o que nos faz feliz é aquilo que ainda não temos, certo?

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