Missão Possível: reduzir o plástico #4
Abdicar dos sacos de plástico descartáveis num supermercado pareceu-me fácil.
Há muito que fiz os meus próprios sacos transparentes, que permitem comprar frutas e legumes sem recorrer ao plástico descartável.
Estes, da imagem, foram confeccionados com um cortinado velho que uma amiga queria jogar fora.
A boa notícia é que alguns supermercados já vendem sacos deste tipo, o que constitui um enorme passo na luta contra o plástico.
O Lidl, por exemplo, assinalou o Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, com o anúncio de que iria disponibilizar uma alternativa ecológica para o transporte de frutas e legumes: sacos de poliéster 100% recicláveis e apreço muito acessível: cada unidade de venda tem dois sacos e custa 0,69€ (ver notícia completa aqui):
Todavia, livrarmo-nos dos sacos de plástico num supermercado não é tão simples como parece.
Em primeiro lugar, tem de haver venda a granel e sabemos que a maior parte da fruta e legumes (só para dar estes exemplos) já vem embalada.
Depois, há a zona da charcutaria, que poderia eliminar drasticamente o plástico. Mas, estranhamente, ainda não o faz.
Para evitar o plástico, passei a comprar o queijo e o fiambre no balcão.
Quando vou ao Minipreço, os produtos são embalados apenas no papel.
Mas, no Intermarché, o papel é colocado dentro de um saco de plástico.
Já pedi para não me darem saco. Resposta da menina: o autocolante é pequeno e não consegue fechar o papel, pelo que tem de colocar a embalagem no saco...pois, problemas difíceis de resolver!
Na peixaria e talho de um supermercado, isto agrava-se: às vezes é saco dentro de saco, como devem saber.
Por isso, cada vez mais a alternativa começa a ser o regresso ao passado: às compras no comércio tradicional, onde a relação pessoal permite uma maior confiança e a possibilidade de levarmos as nossas próprias embalagens.
Mas reconheço que isto implica uma enorme capacidade de organização para estarmos preparados para o que queremos comprar. Capacidade essa que eu nem sempre consigo ter, reconheço.
E, finalmente, há que dissertar sobre o pão nosso de cada dia.
Mas esse tema fica para a próxima.