Nós, os mais espertos do Reveillon... ou talvez não
Pela primeira vez, fiz a passagem de ano na rua, no Terreiro de Paço. Para evitar a confusão, deixámos o carro estrategicamente estacionado em Sete Rios e seguimos de metro. Eu, o meu marido, e a minha princesa. Fomos mesmo espertos...
De regresso, logo a seguir ao magnífico fogo de artifício (o meu marido ía trabalhar às 7.00 da manhã), fomos caminhando lentamente por entre a multidão, as garrafas e copos caídos, algumas cartolas já abandonadas (pode ser que a equipa de Higiene e Limpeza da Câmara as recupere para o Reveillon de 2019), até conseguirmos chegar ao metro Baixa-Chiado.
A multidão sufocava-nos (somos alentejanos, caramba, precisamos de espaço) e a fila para o metro estava no cimo das escadas. As pessoas esperavam sentadas nos degraus, sem conseguir descer para a plataforma do metro...
Quase em simultâneo, eu e o meu marido olhámo-nos: o sentido para Santa Apolónia estava deserto... são só duas estações...porque não vamos até ao fim da linha e regressamos sentados, evitando o esmagamento de entrar naquela estação, sabe-se lá quando?
Porque é que ninguém se estava a lembrar disso?
E assim fizemos, sentindo-nos os mais espertos da noite. Em Santa Apolónia, saímos rapidamente da carruagem para dar a volta à linha...os outros ficaram...outros entraram... e já no cimo das escadas parámos...
- É pá, se é o fim da linha,é o mesmo metro que regressa, por isso ninguém saiu!
E lá corremos de volta para apanhar o mesmo metro.
Afinal...talvez não sejamos assim tão espertos...