Ter | 26.01.21
O amor nos tempos de Covid
Ele esperou por ela um pouco mais acima.
Estendeu-lhe a mão.
Ela agarrou-a, levantou-se e foi.
Dançam agora os dois, pés ligeiros a pisar as nuvens (sorridentes e aconchegados, como há sessenta anos atrás, nos bailaricos da aldeia, quando se apaixonaram), indiferentes à dor dos filhos e dos netos.
É que as lágrimas caem no chão. Não sobem ao Céu!
Em homenagem aos casais que têm partido com poucos dias ou horas de diferença, vítimas de Covid (conheço alguns)