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A 3ª face

Sex | 25.05.18

O mar agitado dos exames

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E eis que mais uma época de exames aparece no horizonte, como uma onda que varre a vida dos estudantes e dos pais.

Sim, se o stress dos alunos é grande, a cabeça dos pais também gira que nem um cata-vento.

E as dúvidas quanto à dose de exigência, motivação e confiança assombram a nossa relação parental.

Mentira?

Sou mãe de dois bons alunos, que nunca me deram quaisquer preocupações. Dos melhores alunos da escola (ó p'ra mim a babar-me).

Todavia, há angústias que ainda me tentam afogar. E dúvidas, muitas dúvidas sobre o meu papel de mãe...

 

 Ser o melhor aluno da escola não chega  

 

Não quero dizer que têm que ser os melhores do mundo.

Pelo contrário.

Ser o melhor aluno da escola pode significar rigorosamente nada.

O mundo lá fora é mais duro. Na Universidade, hão-de encontrar os melhores dos melhores. E hão-de descobrir dificuldades que desconheciam. E a frustração e a baixa-estima são um perigo ainda maior nestes casos...

Por outro lado, o facilitismo de se ser o melhor da escola é um pântano... pode não haver luta pela superação e não se desenvolvem competências para ultrapassar dificuldades. A espontaneidade com que se é bom aluno pode ser uma falácia mais tarde.

E, por último, há aquela coisa maravilhosa dos rankings das escolas que valem o que valem mas que me fazem crer que um bom aluno na escola do meu filho não é o mesmo que numa escola privada de Lisboa. 

As exigências são outras e o nível de preparação é diferente. Garanto-vos por experiência própria!

 

Exigir ou confiar?  

A grande queixa do meu filho é que eu o pressiono. Chateio-o para que estude e ele sabe perfeitamente o que precisa trabalhar. Tenho falta de confiança, diz ele, de cima dos seus 15 anos.

O certo é que, muitas vezes, a coisa corre menos bem. E lá me joga à cara que continua a ser o melhor e as outras mães ficam felizes pelas positivas à rasquinha dos filhos.

Será que estou a ser demasiado exigente?

O meu receio - que partilho com ele - é que daqui por 3 anos, quando entrar na universidade e lhe cair a coroa de melhor aluno, não vai ter hábitos de estudo para entrar na batalha.

 

Há vida para além dos livros 

Acredito que as actividades que lhes dão prazer ajudam a melhorar o desempenho escolar.

Se nós precisamos de descomprimir do trabalho com algo diferente, eles também precisam. Mesmo com notas más!

Desporto, jogos de computador, passeios, desde que em dose equilibrada, só acarretam benefícios.

 

Como motivar?

Posso estar redondamente errada e pedagogicamente incorrecta mas aquilo que sempre transmiti a ambos (uma com as dificuldades de um curso universitário exigente e o outro ainda com as facilidades de tirar boas notas sem esforço) é:

Não têm que ser os melhores. Têm que fazer o melhor que conseguem. Com muita calma.

 

Para que, mesmo que o exame não corra bem, sintam orgulho do esforço feito e, de consciência tranquila, vão à vidinha deles, descomprimir como quiserem...

 

E por aí, que conselhos me podem dar?

 

 

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