O país do "seja o que Deus quiser"
Foto: sapo24
Primeiro começaram os banhos fatais antes da época balnear. Depois sopraram os fogos e ainda não arredaram pé. Uma aeronave aterra numa praia repleta e agora uma árvore tomba em plena festa popular. E há vidas que ficam por viver e outras que continuarão em sofrimento, chorando para sempre os mortos que não voltam.
Se há fenómenos e acidentes imprevisíveis e incontroláveis, também há, pelo meio, muito descuido, falta de prevenção e excesso de confiança. Não tivessem os portugueses a cultura do "seja o que Deus quiser"!
Pois este ano, deixar a sorte nas mãos de Deus não está a resultar. Se calhar, teremos que perceber que a prevenção é meio caminho andado para que Deus nos dê melhor fado.
Infelizmente, para muitos, é tarde de mais. Mas acredito que poderemos evitar que algumas das tragédias de 2017 voltem a bater à porta de qualquer um de nós.