Oh Camões, como te admiro!
Há momentos na vida em que passamos a ver as pessoas que conhecemos (nem que seja da História) com outros olhos...ou com menos olhos, neste caso!
Ontem de manhã, instantes depois de me levantar, algo me picou no olho direito. Esfreguei, lavei, coloquei soro fisiológico e aquela sensação de olho arranhado foi-se agravando .
Por coincidência (ou não) estou a frequentar um curso de Primeiros Socorros e pedi ajuda ao formador. Ele não encontrou nada no olho mas ao fim de uma hora mandou-me ir passear até ao Centro de Saúde, sob ameaça de uma uveíte e depois ter de fazer 50 km até ao serviço de urgência mais próximo, com especialidade de Oftalmologia.
Lá fui e acabei por sair com o olho direito tapado. Conduzi até casa em marcha lenta (não, não era em protesto) mas vi-me grega para enfiar o carro entre os portões, sem lhes acertar...
descobri que lavar loiça só com um olho é meio caminho andado para ela se decidir escaqueirar...
que não consigo acertar com a bica do café dentro da chávena...
que os talheres se movem na gaveta, quando os tento tirar...
que a tesoura se embebeda e não corre a direito...
e que as teclas do computador ganham vida quando tento escrever.
De modo que hoje (quer dizer ontem, já que preparo os posts de véspera), não vou conseguir comentar nada, nem aqui nem no Facebook - que me perdoe uma seguidora a quem devo uma longa mensagem privada sobre cápsulas de café reutilizáveis.
E se detectarem erros ou gralhas neste post, relevem. Não vou conseguir rever porque já me sinto em mar alto.
Como te admiro, Camões!
Que com um único olho escrevias coisas tão belas!!!!