Os fantasmas dos nossos dias
Eu ainda sou do tempo em que as pessoas mais velhas narravam histórias de bruxas, de fantasmas e de aparições.
Tinhamo medo da perseguição por almas penadas e demónios invisíveis que tudo sabiam e podiam controlar.
Há uns meses, recebi no um relatório por e-mail sobre o meu percurso mensal: o número de quilómetros que fiz de carro e a pé, por onde andei, as imagens e localização dos pontos que mais visitei (infelizmente, apenas supermercados).
Senti-me assustada! Pedi ajuda e desactivei tudo o que era possível quanto a geo-referenciação e coisas do género.
E esqueci-me do episódio.
Também não sou adepta de redes sociais, muito menos do Facebook.
Mas nos últimos dias, publiquei umas fotos antigas num grupo fechado.
Fotos antigas, com mais de 25 anos.
E mesmo antes de as publicar, o Facebook identificou de imediato várias pessoas que estão na foto.
Rostos 25 anos mais novos, no meio de dezenas de pessoas…
E digo-vos que senti o mesmo medo que os antigos mostravam dos fantasmas.
A “gente” não os vê mas eles andam por aqui, seguem a nossa vida e aparecem quando menos esperamos.
E isto incomoda-me. Arrepia-me.
Assusta-me.
Já vos aconteceu?