Poupança: a embalagem maior encolhe o preço?
O título também poderia ser: Quando os mitos de desfazem
Faz parte dos dogmas da poupança que comprar embalagens maiores compensa.
Aprendemos, com as regras do mercado, que adquirir em maior quantidade sai mais barato.
Vai daí, passámos a comprar embalagens maiores, para poupar.
Mas as empresas não perdoam: assim que perceberam que o comportamento do consumidor estava automatizado, inverteram as regras.
Foi com surpresa que li, este mês, o artigo da revista Proteste, que apresenta um estudo comparativo dos produtos por embalagem, concluindo que deles ficam mais caros, quando comprados em embalagens maiores.
Eu já me tinha apercebido. Mas como aproveito os descontos de folheto, atribui a diferença às promoções.
Agora, é estar alerta.
Em frente da prateleira de supermercado, o importante é olhar para as letrinhas pequenas e comparar o preço por unidade de medida: quilo, litro ou unidade.
Desde 1990 que os estabelecimentos comerciais estão legalmente obrigados a apresentar o preço por unidade junto do respectivo produto. Todavia, se costumam consultá-los, já perceberam que a leitura não está facilitada: os caracteres são demasiado pequenos ou a etiqueta do preço está sobreposta.
Nestes casos, há que fazer as contas.
Eu tenho uma APP instalada no telemóvel – a Unit Price Compare – que rapidamente me dá esse resultado e facilita o cálculo.
A minha dica é mesmo essa: perante a opção de comprar embalagens de capacidade diferente, devemos sempre comparar o preço unitário e perceber qual realmente, é mais barata.
Todavia, há outro factor importante do outro lado da balança: a embalagem descartável!
Inquestionável é que uma embalagem maior produz menor desperdício porque exige menos material.
E em caso de diferença irrisória de preço, eu opto pela embalagem maior, desde que não corra o risco de estragar o produto antes de o consumir na íntegra!