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A 3ª face

Qua | 20.03.19

Que seja túbera

 

tubera.jpg

 

Considero-me uma pessoa positiva.

Simples. E grata, sobretudo.

Não tenho a vida de princesa que sonhei  em criança. Nem o dinheiro que eu acho que merecia.

Mas, na verdade, nunca fiz muito por isso! Não é o dinheiro que me move, já que desconfio que, nos últimos suspiros, não aceitam cartão de crédito. Lutarei, antes, por manter as capacidades cognitivas para sair deste corpo com as memórias de uma vida feliz e cheia de amor.

 

Mas, apesar de tudo, há dias em que inevitavelmente, me sinto abaixo do solo.

Ou por ter falhado ou por me terem falhado. Ou porque a conta bancária anda a roçar no Titanic.

 Ou só porque há nuvens no meu pequeno paraíso e eu não consigo agarrar os raios de sol da vida.

Mas depois...

 

Depois lembro-me que as túberas, no Alentejo, crescem debaixo do chão, às escondidas.

E lá por estarem enterradas no solo sombrio, não deixam de ter valor e de ser bastante apreciadas.

Então, quando não consigo ser rosa, que seja túbera!

 

As túberas são um fungo que cresce espontaneamente no Alentejo por esta altura do ano.

O seu sabor é menos intenso e aromático que o das famosas trufas italianas mas, ainda assim, são uma iguaria regional e sazonal que atrai muitos gastrónomos.

É preciso muita experiência para as conseguir encontrar, já que estão totalmente enterradas.

Devido a isso e à sua raridade, o preço é bastante elevado.

 

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