Querido, encolhi o hipermercado
Há três meses que não entrava num hipermercado. Fi-lo a semana passada e notei diferenças.
Não na loja nem nos corredores!
A entrada estava a abarrotar de ovos e amêndoas de Páscoa. As prateleiras continuavam organizadas segundo as melhores práticas de marketing, com os produtos das marcas caras a saltarem-nos aos olhos.
Não foste tu que mudaste, hiper. Fui eu!
Desde que comecei a longa caminhada para diminuir a pegada ecológica (podem pesquisar os meus artigos sobre a redução da pegada ecológica) as minhas necessidades de consumo mudaram.
Há corredores que deixaram de existir no meu mapa de compras, a saber:
- o dos guardanapos de papel;
- o das cápsulas de café (com excepção do café em pó mas uma embalagem está a dar para um mês);
- o dos detergentes e amaciadores de roupa (com excepção do sabão azul para fazer o detergente);
- o dos produtos de higiene íntima (o copo menstrual substituiu definitivamente os pensos e tampões);
- o dos desodorizantes (faço-os eu) e shampoos ( estou a esgotar o stock de para mudar para shampoo em barra);
- o da carne: cada vez compro menos carne e é num talho pequenino, ao pé de casa. Carne de supermercado, não, por favor!
E saí de lá com a sensação de que o hiper tinha encolhido.
Tal como o total do talão de compras.