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A 3ª face

Qua | 22.08.18

Recomecem a escola já ou eu...

 

Resultado de imagem para mae nervosa

 

Filho adolescente...

Quinze anos e meio de gente...

Férias...

 

Já tinha explicado que o meu filho se transformou em morcego durante as férias.

Pois continua.

Ele até se tem esforçado por acertar os sonos mas diz que não consegue.

Adormece quando o Sol nasce. Acorda quando a Lua pede licença para aparecer.

Eu, que até sou uma mãe tranquila, já teria desistido de me chatear. Não tarda a escola recomeça e a carruagem volta aos eixos do costume.

Mas...

também sou filha de uma mãe que vive aqui ao lado e cuja missão de vida é assegurar que o "menino" não morre à fome!

A partir das duas da tarde (quando eu regresso ao trabalho) tenta acordá-lo.

Tem sucesso lá para as quatro da tarde e prepara-lhe o almocinho a essa hora, que leva até ao sofá ou à secretária do computador.

Às cinco e meia, quando eu volto a casa, está à porta à minha espera, com o chorrilho de lamúrias:

não me imponho...

o moço apanha uma doença...

isto não é vida...

o menino assim apanha uma fraqueza...

não o obrigo a comer à mesa (ler o sublinhado do parágrafo anterior)...

não faz mais nada durante o dia à espera que ele acorde...

anda doente à conta disto...

está uma carga de nervos...

anda a vê-lo mirrar...

 

Ontem, depois de mais uma noite em claro, o "menino" decidiu acertar os sonos e não se deitou.

Esteve no computador até à hora do almoço e comeu à mesa comigo.

Desconhecendo a razão, a avó estava super-feliz, julgando que o seu menino tinha acordado a horas decentes.

Às cinco, quando cheguei a casa, fui vê-la e continuava contente: até tinha conseguido dormir a sesta!

Quando entrei na minha casa, não ouvi o meu filho.

A porta do quarto estava fechada e presumi o inevitável: que tivesse adormecido, sem aguentar a directa.

Fui à casa-de-banho.

Raios, a desarrumação do costume!

Por mais que eu diga, o gaiato toma banho e deixa tudo desarrumado: o tablet desligado estava na bancada, a toalha no bidé, a roupa suja no chão, a cortina esticada, sinal de que não limpara a banheira!

A resmungar para dentro, puxo a cortina para dar uma chuveirada e retirar o tapete antiderrapante...

E...

Eu não mereço...

Nenhuma mãe merece...

 

...estava um corpo inerte dentro de água...

Eu dou um grito de pânico...

...ele arregala os olhos, volta a fechá-los.

 

O filho da mãe adormeceu no banho de imersão e eu, com o susto, se não sofri uma paragem cardio-respiratória, tive o diabo em cima de mim.

Palavra de mãe!

 

 

 

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