Sonho zero
Todos temos sonhos.
Posso não servir de exemplo mas parece-me que eles tendem a encolher com a idade.
Quando tinha para aí uns 7 anitos, entrou-me pela casa dentro a Gabriela, a primeira novela a que Portugal assistiu. E eu sonhava ser a Malvina ou a Jerusa.
Nessa altura, ninguém perdia o Festival da Canção. E eu imaginava-me a cantar no palco da Eurovisão e a trazer o prémio para Portugal.
Ah, e nem vos falo na série (sim, na minha altura já havia séries, só que passava um episódio por semana e quem falhasse sentia-se como se tivesse perdido um rim) Star Trek e no que eu queria ser!
Hoje, quase aos 50 anos, os sonhos que guardo em mim são mais pequeninos.
De momento tenho um: chegar a zero.
Vou tentar eliminar o balde do lixo da minha cozinha, o que implica deixar de produzir lixo doméstico.
O que pode ser reciclável, vai para o ecoponto.
O que pode ser consumido pelos animais da quinta, serve-lhes de refeição.
E finalmente comprei um COMPOSTOR.
Este era mais um pequeno sonho que acabo de realizar!