Ele esperou por ela um pouco mais acima. Estendeu-lhe a mão. Ela agarrou-a, levantou-se e foi. Dançam agora os dois, pés ligeiros a pisar as nuvens (sorridentes e aconchegados, como há sessenta anos atrás, nos bailaricos da aldeia, quando se apaixonaram), indiferentes à dor dos filhos e dos netos. É que as lágrimas caem no chão. Não sobem ao Céu! Em homenagem aos casais que têm partido com poucos dias ou horas de diferença, vítimas de Covid (conheço alguns)
Digam o que disserem, eu continuo confinada. Para além do trabalho, vou ao supermercado duas vezes por mês e umas raras vezes à padaria. Agora que estou de férias, frequento a praia quase às escondidas, durante a semana, em que é possível manter-me afastada. Mas hoje, quebrei as regras... Por causa de um SMS que recebi há 3 dias... um encontro no meio de várias outras pessoas. Pensei em ir. Pensei em não ir. E depois recordei-me do prémio e não resisti. Hoje fui dar sangue. (...)
O confinamento acabou por decreto. Viva a liberdade! Na minha cidade, as esplanadas voltaram a encher. As pessoas passeiam e agrupam-se na cavaqueira. Sem máscara, porque o calor alentejano também desconfinou. Consta que, no fim-de-semana, muitas pessoas já aguardavam a abertura dos supermercados em traje de praia. Ao entardecer, o regresso implicou a paragem massiva nos cafés e restaurantes. E eu? Hoje é dia 25 e este mês, ainda só fui uma vez ao supermercado. De (...)
1 - Vamos ficar todos bem Apesar da força que a frase transmite, só lhe encontro ironia. É impossível ficarmos bem. Isto só agora começou. Os efeitos a longo prazo serão imprevisíveis. E não penso só na saúde. Penso na economia e na saúde mental da Humanidade. Afinal, vamos começar a educar uma geração que não irá aprender sequer a ter gestos de carinho e contacto físico com os amigos… 2) Fechados em casa, vamos ficar todos doidos Bem sei que sou uma (...)