A saposfera anda agitadíssima! Há bater de asas por todos os lados. Andamos na expectativa de iniciar um desafio de escrita, sem saber muito bem o que nos espera. Perguntaram-me porque aderi. Não sei! Talvez porque não recuso um bom desafio que me puxa pelo intelecto e criatividade... Esbocei uma justificação esfarrapada. Aqui vai ela: Mesmo a analisar (...)
Tinha frio. Já não sabia há quanto tempo estava deitado naquela cama estreita. Muito diferente do leito onde passara os últimos anos. Com ela. Sempre. Todas as noites. Tentava reconstituir o dia mas a exaustão fazia-o duvidar se as memórias eram reais ou parte de um pesadelo. Pensava na mulher. Amava-a tanto e há tantos anos! Com todas as suas forças. Começaram a namorar ainda na escola e ele sempre lhe demonstrou o quanto a adorava. Era a sua namorada! Os ciúmes que lhe (...)
Há muito, muito tempo, não muito longe daqui, uma águia forasteira reuniu os pássaros de uma floresta e anunciou-lhes as boas novas. Uma jovem princesa pretendia, como prenda de aniversário, o mais belo passarinho do reino e a águia fora enviada para o encontrar. A vida do eleito mudaria para sempre. Passaria a viver no conforto do castelo, onde os repastos seriam as mais belas e douradas sementes daquelas terras. Mas para além da beleza, o vencedor teria de demonstrar (...)
Foi no bar da Faculdade que o conheci. No grupo de colegas, enquanto revíamos a matéria para a frequência. O que é facto é que ele me arrebatou naquela manhã. Inesperadamente. Ainda pensei que fosse um embate passageiro, sem consequências. Mas estes encontros repetiram-se. No mesmo local, com as mesmas pessoas presentes. Um dia, cedi aos sentidos. Sabia que ele lá estava e fui sozinha ao bar. Não era esperada e ele até poderia estar nos braços de outra. Afinal, era o mais (...)
créditos da foto Ontem, não consegui escrever a minha história do dia. Mesmo com uma hora a mais, o tempo não chegou. Por isso, hoje o desafio é maior: juntar o fogo e a lua não vai ser fácil. Espero que gostem. No princípio dos tempos, quando apenas existiam os 4 elementos - a Água, a Terra, o Fogo e o Ar – estes viviam numa (...)
O seu sonho sempre fora ser escritora. Desde pequena, nunca considerara outra profissão. Mas depois do curso acabado e de dois livros publicados às suas expensas (ou melhor, da família) e sem grandes êxitos, rendeu-se à crua realidade de que teria que encontrar outra opção de vida. E tornou-se professora de Português e Literatura. Era boa profissional. A paixão com que ensinava sobre os livros dos outros era quase igual à dos seus sonhos. Agora estava ali. Ela, Inês Real. (...)
Hoje é dia de batota. Em maio, escrevi um post sobre flores. E sobre "a minha flor". A mais bela. A que cresceu forte quando era suposto não vingar. Vão até lá. Para o tele-transporte, basta carregar aqui Texto inserido no Desafio da escrita Palavra do dia 25: flores
A ideia romântica que temos de um sótão é a de um lugar mágico, cheio de teias de aranha e tesouros escondidos em baús. Pois eu tenho um sótão grande, com três divisões. Tem teias de aranha, às vezes. Mas, em vez de baús, tem muitas caixas de papelão e muita tralha desarrumada. Ora, desde há duas semanas que eu e o meu marido andamos a tentar arrumá-lo. Começámos pelo meu atelier de costura, como expliquei aqui. Ele continua a fazer prateleiras de arrumação. (...)
Eu juro que tentei inspirar-me para conseguir um bom conto sobre comida. Mas, embora seja menina de bom apetite, esta palavra não me desperta vontade de boas histórias. Primeiro, porque trabalhei com pessoas a quem faltava comida na mesa. Não consigo esquecer-me de uma mãe que veio com o filho falar comigo e, envergonhada, acabou por confessar que nenhum ainda tinha tomado o pequeno-almoço. E, que a criança comeu, logo ali, o pacote de bolachas que eu tinha guardado na gaveta (...)
O curso terminado com uma excelente nota. Que lhe saiu do esforço, dedicação e hábitos de estudo. Enquanto duravam as aulas, e sobretudo em época de frequências, a vida resumia-se às aulas, à biblioteca, à secretária do quarto e pouco mais. Depois, nas férias ou a seguir aos exames, a que normalmente dispensava, divertia-se pelo ano todo. Não havia festa em que não estivesse. Às vezes bebia demais mas nada de grave. Fazia parte da diversão. Porque também merecia dar (...)