Agosto. Há quem esteja a atravessar aquele estado de graça anual, a que vulgarmente chamamos férias. Outros estão prestes a iniciar esses dias maravilhosos e que acabam tão depressa. Podem identificar estes dois grupos pelo sorriso de dois metros de comprido chapado no rosto e pela leveza com que se deslocam na rua. Pelo contrário, se alguém vos apitar no trânsito e, ao olhar, descobrem que o carro é conduzido por um elefante - a avaliar pelas trombas apertadas contra o (...)
Por esta hora estaria a ressacar das marchas, numa esplanada com vista para o Tejo. Ou teria aproveitado para fugir do buliço e fazer uma escapadinha numa terra bonita. Bem vistas as coisas, acabaria por vir para o sítio onde vivo. Se calhar foi por isso que optei por continuar a viver aqui. Bom feriado, Lisboa! Afinal, lembrei-me agora que até prefiro trabalhar no dia de Santo António.