Ele esperou por ela um pouco mais acima. Estendeu-lhe a mão. Ela agarrou-a, levantou-se e foi. Dançam agora os dois, pés ligeiros a pisar as nuvens (sorridentes e aconchegados, como há sessenta anos atrás, nos bailaricos da aldeia, quando se apaixonaram), indiferentes à dor dos filhos e dos netos. É que as lágrimas caem no chão. Não sobem ao Céu! Em homenagem aos casais que têm partido com poucos dias ou horas de diferença, vítimas de Covid (conheço alguns)
Indiferente à polémica da gestão da sua casa de férias, Amália continua viva no Brejão, concelho de Odemira. As empenas de várias casas de um loteamento foram utilizadas para dar vida a Amália Rodrigues. Em homenagem à fadista, 4 grafites, da autoria de SMILE, retratam a vida de Amália: na juventude dos seus 20 anos, com alguma maturidade, a contemplar o mar na casa do Brejão e no final da carreira. Os pormenores são impressionantes e valem bem a pena a visita. (...)
Foi breve a tua história por aqui, Julen. Partiste sem perceber o Mundo. Ninguém te explicou porque é que os adultos deixam buracos de 100 metros de profundidade a céu aberto. Ontem, ter-te-ás perguntado porque passaram 13 dias a tirarem-te de um buraco para te devolverem a outro, logo de seguida. Também não te consigo explicar. A única diferença é que, quando caíste a primeira vez, foste sozinho e em queda livre. Ontem, o amor do mundo inteiro amparou-te quando desceste (...)