No Domingo, quis fazer pão integral, com farinha pré-preparada. A receita foi a de sempre: metade farinha pré-preparada, metade farinha normal e água. Porém, inexplicavelmente, a massa não levedou. Ao cuscar o pão, já a meio da cozedura, reparei que aquilo estava pronto para servir de oferenda às galinhas. Deixei na máquina, para arrefecer. Quando me preparava para a retirar, o fantasminha do desperdício zero, disse-me: - Mas ó menina, isso não dá mesmo para aproveitar? (...)
Pois é! Isto de nos armarmos em padeiros de trazer por casa há-de ter consequências... na conta da electricidade! E por isso, vamos tentar poupar neste gasto, ok? Apesar de ter comprado a máquina de fazer pão, a maior parte das vezes acabo por utilizá-la apenas para fazer a massa. O pão cozido no forno tem a côdea perfeita, conforme já expliquei aqui. Todavia, o gasto de energia (...)
Confinados em casa, descobrimos que temos tempo e competências para "fazer" muitos produtos, em vez de os comprar. Sem dar conta (e pelos motivos mais tristes), acho que estamos a diminuir a pegada ecológica relativamente ao consumo pessoal. Por isso, é um bom momento para criar rotinas de fabricar artesanalmente e em casa, alguns produtos mais naturais, ecológicos e económicos. Da próxima vez que esvaziarem algum frasco, pesquisem para descobrir se há alternativas caseiras. (...)
Não quero falar do bicho! Mas confinada em casa e evitando a todo o custo as deslocações a espaços comerciais, concluo que devo estar orgulhosa do meu percurso dos últimos anos. A tentativa de "fazer em vez de comprar" revelou-se uma bênção, por estes dias. Vejamos: 1) Quando se aconselha o uso de sabão para a lavagem das mãos, eu tenho este stock no sótão (verdade que era para vender numa feira já desmarcada mas não me há-de faltar material para a higiene), a que (...)
Não fora o pão de trigo e eu não estaria aqui, por certo. Foi o panito alentejano que matou a fome a muitas gerações. Em muitas ocasiões, era o único alimento disponível, depois de amassado com a dor de quem tinha um rancho de filhos para criar. Por isso, o pão, no Alentejo, é sagrado. Pão não vai para o lixo, que é pecado. Reaproveita-se, que a necessidade faz o engenho e o povo alentejano aprendeu a recriá-lo para o levar de novo à mesa. Na minha casa, (...)