Um dia como outro qualquer
Ela acordou e de imediato olhou para o relógio.
Apesar de ser Domingo, havia tanto para fazer que não poderia dar descanso ao corpo.
Preparou o pequeno-almoço para o filho, enquanto separava as roupas para lavar.
Recolheu a roupa suja do marido, espalhada pelo chão do quarto.
Lavou e estendeu.
Limpou e varreu, sem usar o aspirador que o seu homem ainda estava a dormir.
Tratou do almoço.
Deu a comida ao filho e arrumou a cozinha.
Vestiu-se e foi fazer as compras da semana.
Assim que chegou, o marido saiu, a reclamar por tanta demora.
Despiu-se e foi ajudar o filho nos trabalhos de casa.
Depois enfiou-se na cozinha.
O marido, por consideração, telefonou para que não o esperasse para jantar.
Porque haveria de esperar se havia tanta roupa para passar?
Quando ele chegou, já a casa estava em silêncio e nem se deu conta do aroma dos lençóis acabados de mudar.
Não era muito tarde mas no dia seguinte ela tinha de ir trabalhar.
Ele? Ele não, que estava de férias e poderia ficar na cama até à hora do almoço.
Era Dia da Mulher.
Um dia como outro qualquer.