Um mercado (con)vida
Há surpresas boas, locais que nos ficarão guardados como boas memórias.
E que nos convidam a nova visita, seguramente.
Eu expliquei aqui que, na quarta-feira, estive em Campo de Ourique, a abastecer-me de tecidos.
Mas antes, combinei um almoço com uma amiga/comadre que mora em Lisboa.
Ela sugeriu que comêssemos no Mercado de Campo de Ourique, que eu ainda não conhecia.
O mercado concilia a vertente de venda tradicional com as tasquinhas de comes e bebes.
Algumas bancas também foram convertidas em pontos de venda de produtos artesanais e turísticos.
Do talho ou da peixaria saltamos para um gin, um risotto, um hamburguer, um marisco, só para vos dar um exemplo, que a oferta é grande, apesar do espaço ser relativamente pequeno.
Ver um mercado tradicional cheio não é vulgar nos dias de hoje. As pessoas mudaram-se para os grandes centros comerciais e eu não estava à espera da azáfama que encontrei por aqui.
Enquanto as bancas de venda fechavam, o espaço de refeição enchia-se de gente. Com muitos turistas à mistura.
E vale bem a pena a visita.
O espaço está agradável, elegante mas fiel à traça de um mercado de bairro.
Há 2 anos, em Madrid, visitei o Mercado de San Miguel e adorei o ambiente. Mas este é um espaço enorme e, segundo me pareceu, totalmente convertido a "comes e bebes" (ou tapas, se preferirem).
Sei que já há alguns mercados revitalizados com este conceito, em Portugal. Mas nunca tinha experenciado a visita.
Eis uma boa solução para os mercados sub-lotados que por aí resistem. Algumas obras, bom gosto, empreendedorismo e...pode renascer um novo espaço de convívio...cheio de vida!