Uma grama de exemplos vale mais que uma tonelada de conselhos (a poupança em ditados #29)
Em muitos países, a literacia financeira e o empreendedorismo aprendem-se na escola.
Mas, mais do que programa curricular, é uma questão de educação.
De socialização primária, atrevo-me a afirmar.
É em casa, com o núcleo familiar, que se aprende a dar uso e valor ao dinheiro.
Portanto, caros pais, avós, tios, encarregados de educação:
a forma como gerem o dinheiro está a influenciar as gerações futuras da vossa família!
Gostaria muito de dizer que também se aprende com os maus exemplos.
Porém, os casos que conheço evidenciam o contrário. Filhos a repetirem os erros dos pais, renovando o ciclo de dívidas, penhoras, insolvências...
Mas o que quero aqui partilhar são os bons exemplos.
E este, da Graça, quando surgiu num comentário ao post de dia 21, encaixou perfeitamente naquilo que queria transmitir:
Pouco antes de entrar na faculdade, ainda nem ninguém tinha computadores, o meu pai fez-me comprar um caderno pequeno para apontar tudo o que comprava com o dinheiro que me dava. No fim queria ver como é que eu tinha gasto o dinheiro. Fiquei a tremer, claro, mas fiz o que mandou. Quando acabei o caderno, após uns 3 ou 4 meses, entreguei-lhe o caderno e disse-me que não queria ver, apenas queria que eu tivesse noção de como se gasta dinheiro em pequenas coisas. Isto foi há 35 anos. Há uns anos atrás disse à minha filha para fazer o mesmo numa folhinha em Excel e é mais poupada do que eu. Esta lição resulta sempre.
Obrigada, Graça, pelo testemunho.