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A 3ª face

Dom | 13.05.18

Ups, no Sábado, torci por uma invasão vicking

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Eu, que cheguei virgem ao ecran da televisão, sem ter acompanhado os preparativos da Eurovisão e as semi-finais, também tenho opinião!

Não consegui seguir as etapas que culminaram na noite de ontem.

Fui acompanhando algumas notícias e opiniões, sobretudo aqui na saposfera.

Pois que outras pessoas terão uma visão aprofundada sobre o que se passou. 

Eu, apenas tenho uma pequena opinião - que é só minha - e que não foi influenciada a priori.

E apenas quero salientar quatro coisitas:

 

1º) O nível de qualidade das canções foi muito elevado. Soberbos, alguns efeitos cénicos que complementaram as actuações (o vestido da concorrente da Estónia...uau! A voz...uau...mas muito ecléctica para um festival, confesso).

Todavia, a canção que me fez arrepiar até à medula foi a dinamarquesa!

Eu não vi ali apenas uns tipos barbudos.

Vi uma nação inteira. Vi, lá atrás, uma cultura que se entranhou numa boa canção, protagonizada por boas vozes.

Vi os barcos vickings a entrarem pelo Tejo, senti o frio de uma tempestade polar.

Isto, para mim, é que é uma verdadeira canção de um festival internacional. Conseguir transportar nos acordes a história e a especificidade de um povo.

Foi isso que, há um ano atrás, vi num pequeno rapaz debilitado: o Salvador!

 

Parece que o mundo não caiu de amores pela minha favorita.

Cá para mim, foram assombrados pelo fantasma das invasões bárbaras...

 

2º) A prestação portuguesa foi penalizada pela EDP (ou algo do género).

A canção era bonitinha mas ficou às escuras. Faltou brilho, emoção.

As meninas não emanam luz como o Salvador Sobral e nunca conseguiriam encher um palco daquelas dimensões tão sozinhas e quedas. Há coisas que só resultam um vez e apenas com uma determinada pessoa.

Para além disso, achei que as vozes ficaram abafadas pela parte instrumental, demasiado alta.

Precisavam de maior destaque.

Tenho muita pena, por isso.

Não mereciam o último lugar.

 

3º) Não concordei com a vitória.

Ainda me lembro das palavras do Salvador, quando recebeu o prémio, em 2017: music is feeling, it ins't fireworks.

Este ano, ganhou o fogo de artifício.

E quanto àquilo que opinei no ponto 1...retiro o que disse! Não acho que Israel seja um galinheiro. De todo! 

E respeito a decisão do júri. Sobretudo dos muitos milhares que pagaram sessenta cêntimos + IVA para votar.

 

4º) O que mais lamento?

Que o Salvador não tivesse voltado a concorrer com o Mano a Mano. Nem precisavam desmontar o palco, que para o ano estávamos cá outra vez.

Foi o MOMENTO da noite.

A perfeição é pura simplicidade, senhores! Aliada ao talento.

Que emoção! 

 

E, para quem não tinha muito para opinar, já me estou alongaaando.

Apenas quero deixar, para memória futura, que me sinto orgulhosa de ser portuguesa. A produção foi soberba. As apresentadoras não foram vergonha para ninguém, apesar das críticas mesquinhas que por aí circulam.

 

Lisboa soube acolher, em cada esquina, este evento que me parece renascido. 

All aboard, que somos portugueses, porra!

2 comentários

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    A 3ª face 14.05.2018

    Tens bons prognósticos, hein?
    E parece que temos gostos musicais parecidos! Também gostei muito dessas.
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